Wanda Sá, a voz inconfundível da bossa nova, fez um show memorável no Rio de Janeiro para celebrar seus 80 anos! A apresentação, no charmoso clube Manouche, na noite de 23 de agosto de 2025, lotou a casa e foi uma verdadeira celebração da música brasileira. Antonio Adolfo, que subiu ao palco para prestigiar a artista, definiu Wanda como a representante da “autêntica bossa nova”, e, gente, ele acertou em cheio!
O show começou com “Fotografia” (Antonio Carlos Jobim, 1959), Wanda no violão eletroacústico, e a energia foi imediata. A noite fluiu com uma sequência incrível de clássicos e novidades, com um entra e sai de convidados que deixou todo mundo de queixo caído. A primeira parte foi uma viagem nostálgica pela bossa, com “Café com Pão” (João Donato e Lysias Ênio, 1981) – que lembrou, com saudade, o mestre João Donato (1934-2023) – “Desafinado” (Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça, 1959), com aquela introdução que muita gente esquece, e o inesquecível “Samba de uma nota só” (Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça, 1960), com referências à “Canção do Exílio” (Gonçalves Dias, 1846) e até versos em inglês! E que tal “Água de beber” (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1961), também com pitadas em inglês? Wanda mostrou total domínio e naturalidade, uma sintonia perfeita com o trio base – Flávio Mendes (violão), Diego Zangado (bateria) e Zé Luiz Maia (baixo). Impressionante!
Aí, Jards Macalé subiu ao palco e a coisa ficou ainda mais divertida! Wanda e Jards, entre histórias hilárias – tipo aquela do Macalé que já “fumou vários apocalipses esperando o fim do mundo”! – cantaram “A voz de sal” (2025), parceria de Macalé com Romulo Fróes, uma música linda do álbum “Wanda Sá 80 anos”. A energia da dupla foi contagiante!
A sequência foi igualmente emocionante! Joyce Moreno, amiga querida de Wanda, se juntou a ela em “Se solta, coração” (2025), parceria da Joyce com Paulo César Pinheiro. Que encontro! Depois, o piano mágico de Antonio Adolfo deu um toque ainda mais especial à “Valsa nova” (2025), um dueto emocionante de Wanda com o filho, Bernardo Lobo, que mandou a melodia de Portugal, com letra da própria Wanda, falando sobre a ligação entre mãe e filho através da música. Olha só que coisa linda!
E não acabou! Roberto Menescal, lenda viva da bossa nova (que completa 88 anos em 25 de outubro!), fez uma participação incrível. Antes de cantarem “Cá entre nós” (Roberto Menescal e Wanda Sá, 2016), do álbum lançado há nove anos, eles contaram uma história divertidíssima sobre um “confuso horário” no Japão que quase os fez dormir no palco! Depois, com a guitarra de Menescal, Wanda cantou “Não pergunte demais” (2025), “pura bossa nova” de Menescal e Abel Silva, e a clássica “Vagamente” (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli, 1963), que, embora gravada originalmente por Sylvia Telles (1935-1966), ficou eternizada na voz de Wanda desde 1964.
Na real, as músicas novas do álbum “Wanda Sá 80 anos” têm a mesma pegada daquelas de 1964, sabe? A prova disso é “Tom do amor” (2025), uma obra-prima inédita de Carlos Lyra (1933-2023), com aquele clima de praia, sol e mar do Rio de Janeiro. Wanda cantou com a filha, Bebel Lobo, num momento super emocionante. E para fechar com chave de ouro, Wanda reuniu os dois filhos, Bebel e Bernardo, para cantar “Juntinho” (2025), parceria de João Donato e Nando Reis. Que família talentosa!
No bis, todos os convidados voltaram ao palco e cantaram juntos “Chega de saudade” (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1958), o marco inicial da bossa nova, que Wanda representa com maestria, uma verdadeira “autêntica” bossa nova que conquistou o Brasil e o mundo! Foi uma noite inesquecível! Quatro estrelas! ★★★★
Fonte da Matéria: g1.globo.com