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Olha só que situação! O governo Trump, na quarta-feira, 13 de [mês], anunciou o cancelamento dos vistos americanos de dois brasileiros: Mozart Júlio Tabosa Sales, secretário do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-funcionário do governo. A notícia pegou muita gente de surpresa, né?
Segundo Marco Rubio, secretário de Estado americano na época, o motivo? O programa Mais Médicos! Ele classificou o programa como “um golpe diplomático inconcebível”. Acho que essa foi a gota d’água para a administração Trump.
Mas qual o problema com o Mais Médicos, afinal? Aí que tá! Para o governo Trump, a contratação de médicos cubanos entre 2013 e 2018, por meio da OPAS, foi uma manobra ilegal. Eles alegam que Sales e Kleiman usaram a OPAS como intermediária com o governo cubano para implementar o programa sem respeitar a legislação brasileira e burlando as sanções americanas contra Cuba. Na visão deles, o esquema enriqueceu o regime cubano e prejudicou os próprios médicos cubanos. O documento oficial cita relatos de médicos cubanos que se sentiram explorados pelo regime.
**Quem são os envolvidos?**
* **Mozart Júlio Tabosa Sales:** Secretário de Atenção Especializada à Saúde, médico formado pela Universidade de Pernambuco, com vasta experiência e currículo invejável. Ele já foi vereador no Recife e ocupou diversos cargos no Ministério da Saúde, inclusive participando ativamente da criação do Mais Médicos durante o governo Dilma Rousseff.
* **Alberto Kleiman:** Atual diretor da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) para a COP 30, com um longo histórico na área de Relações Internacionais. Ele trabalhou em diferentes gestões do PT na Prefeitura de São Paulo e na Presidência da República, chegando ao Ministério da Saúde em 2012. Até setembro de 2024, ele estava envolvido na organização da COP 30.
A investigação sobre o envolvimento da OPAS no Mais Médicos começou ainda no primeiro mandato de Trump. Em 2020, Mike Pompeo, secretário de Estado na época, já havia exigido explicações da OPAS, acusando-a de facilitar o “trabalho forçado” de médicos cubanos. Pompeo também ameaçou cobrar contas de todas as organizações internacionais de saúde que dependiam de recursos americanos.
Eduardo Bolsonaro, deputado federal na época, comemorou a decisão, dizendo que era um recado claro: ninguém está imune, todos que colaboraram com regimes considerados “corruptos” vão responder pelos seus atos.
**O Mais Médicos em questão:**
Criado em 2013 pelo governo Dilma Rousseff, o Mais Médicos visava levar médicos para regiões carentes do país. Na época, porém, o programa gerou polêmica por incluir médicos estrangeiros, principalmente cubanos, em parceria com a OPAS (Organização Panamericana de Saúde), braço regional da OMS. No governo Bolsonaro, o programa foi renomeado para “Médicos pelo Brasil” e a participação cubana foi encerrada em 2018. Hoje, o programa, relançado em 2023, conta com cerca de 24.700 médicos em 4.200 municípios. Em julho de 2025, mais 3.173 médicos iniciaram suas atividades.
**E não para por aí…**
Vale lembrar que essa não foi a primeira vez que o governo Trump tomou medidas contra autoridades brasileiras. Em julho do mesmo ano, os EUA também revogaram os vistos de Alexandre de Moraes, ministro do STF, e de outros ministros do Supremo, incluindo Luis Roberto Barroso, Edson Fachin, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flavio Dino, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes, além do procurador-geral da República, Paulo Gonet. André Mendonça, Nunes Marques e Luiz Fux ficaram fora da lista. O presidente Lula, na ocasião, expressou sua indignação, chamando as ações de arbitrárias e sem fundamento.
Em resumo, a situação é complexa e envolve questões geopolíticas, relações internacionais e, claro, o acesso à saúde no Brasil. A decisão de Trump gerou muita discussão e certamente terá consequências a longo prazo.
Fonte da Matéria: g1.globo.com