A coisa tá feia! O governo Trump, na quarta-feira (13), cancelou os vistos americanos de dois brasileiros: Mozart Júlio Tabosa Sales, secretário do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-funcionário do governo. Olha só o que rolou!
O secretário de Estado americano, Marco Rubio, soltou o verbo: o programa Mais Médicos, que contratou médicos cubanos para o SUS, foi um “golpe diplomático inconcebível”. Aí, meu amigo, a coisa pegou fogo!
O governo Trump acusou Sales e Kleiman de usar a Organização Panamericana da Saúde (OPAS) como intermediária com o governo cubano para implementar o programa, ignorando leis brasileiras e as sanções americanas a Cuba. Tipo assim, eles teriam conscientemente pago ao regime cubano o que era devido aos médicos, né?
“Esse esquema enriquece a ditadura cubana e priva o povo cubano de cuidados médicos essenciais”, diz o documento oficial. Além disso, eles afirmam que dezenas de médicos cubanos que participaram do programa relataram exploração pelo regime cubano. Isso é inacreditável!
**Quem são os brasileiros afetados?**
* **Mozart Sales:** Secretário de Atenção Especializada à Saúde, médico formado pela Universidade de Pernambuco, com especializações em Medicina Legal e doutorado em Saúde Integral. Servidor público desde 1999, foi vereador do Recife (2004-2008) e ocupou cargos no Ministério da Saúde, inclusive participando da criação do Mais Médicos em 2012-2014, no governo Dilma.
* **Alberto Kleiman:** Atualmente diretor da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) para a COP 30. Até setembro de 2024, trabalhava na Secretaria Extraordinária para a COP 30. Com passagem pela área de Relações Internacionais em gestões do PT na Prefeitura de São Paulo e Presidência da República, ele atuou no Ministério da Saúde (2012-2015).
**A investigação começou em 2020**, quando o então secretário de Estado Mike Pompeo pressionou a OPAS por esclarecimentos sobre seu papel no Mais Médicos, acusando-a de facilitar o “trabalho forçado” de médicos cubanos. Pompeo ameaçou cobrar contas de todas as organizações internacionais de saúde que dependem de recursos americanos.
Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que estava nos EUA na época, comemorou a decisão, dizendo que a medida serve de aviso: ninguém está imune, ministros e burocratas também responderão por seus atos. Uau!
**O que era o Mais Médicos?**
Criado em 2013 pelo governo Dilma Rousseff, o programa Mais Médicos levou médicos para áreas carentes do país. Na época, sofreu críticas por permitir a participação de médicos estrangeiros, principalmente cubanos, através de uma parceria com a OPAS. No governo Bolsonaro, o programa foi renomeado para “Médicos pelo Brasil” e a participação cubana encerrada em 2018, após iniciativa de Havana. Desde então, médicos cubanos precisam validar seus diplomas no Brasil.
Relançado em 2023, o Mais Médicos conta com cerca de 24,7 mil médicos em 4,2 mil municípios. Em julho de 2025, 3.173 médicos iniciaram atividades em 1.618 municípios e 26 DSEIs. O programa prioriza médicos brasileiros, brasileiros formados no exterior e estrangeiros habilitados.
**Não foi a primeira vez:** Em julho, os EUA já haviam cancelado os vistos de Alexandre de Moraes (STF) e de outros sete ministros do STF (Luis Roberto Barroso, Edson Fachin, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flavio Dino, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes), além do procurador-geral da República, Paulo Gonet. André Mendonça, Nunes Marques e Luiz Fux ficaram fora da lista. O presidente Lula chamou a atitude de “arbitrária e sem fundamento”, afirmando que a interferência de um país no sistema judicial de outro é inaceitável. Que situação, hein?
Fonte da Matéria: g1.globo.com