Prepara a carteira! Tirar o visto americano vai pesar mais no bolso. O Congresso e o governo dos EUA aprovaram uma taxa extra de US$ 250 (aproximadamente R$ 1.390, na cotação atual), aumentando consideravelmente o custo para turistas, estudantes, executivos e outras categorias. Isso significa que o valor total do visto, que era de US$ 185 (R$ 1.028), vai saltar para US$ 435 (R$ 2.419)! Nossa!
Essa nova taxa, chamada de “Visa Integrity Fee” (Taxa de Integridade do Visto), foi incluída no “One Big Beautiful Bill” (Um Grande e Belo Projeto), aquele megapacote tributário e orçamentário aprovado pelo governo Trump lá no começo de julho. Acontece que a lei não especifica quando essa taxa entra em vigor. E, acredite, ela ainda não está no site oficial do governo americano sobre vistos. A gente até entrou em contato com a embaixada dos EUA no Brasil para tentar descobrir, mas, até o fechamento desta reportagem, não obtivemos resposta.
Acho importante destacar que essa taxa de US$ 250 só será cobrada se o seu pedido de visto for aprovado. Quem teve o pedido negado não precisará pagar esse valor extra. Olha só que detalhe: a lei permite que esse valor seja reajustado todo ano, seguindo a inflação.
E tem mais! A mesma lei determina que o formulário I-95, usado para registrar a entrada nos EUA, também vai começar a ser cobrado, custando US$ 24 (R$ 133). Ou seja, somando tudo, emitir o visto e viajar para os EUA vai custar cerca de US$ 459 (R$ 2.552). Dá pra sentir o impacto no orçamento, né?
Quem vai ter que desembolsar esse valor extra? Todo mundo que precisa de um visto de não imigrante, incluindo turistas (categoria B), estudantes (F e J), trabalhadores temporários (H), atletas e artistas (P), entre outros.
Existe uma possibilidade de reembolso, segundo a lei. Mas, calma, não é tão simples assim. O reembolso só acontece depois que o visto expirar – lembrando que para brasileiros, o visto costuma ter validade de 10 anos. Para receber o dinheiro de volta, o viajante precisa comprovar que:
* Cumpriu todas as regras do visto durante sua estadia nos EUA, incluindo a proibição de aceitar empregos não autorizados;
* Não tentou estender a estadia nos EUA e saiu do país no máximo 5 dias após a data de vencimento do visto;
* Conseguiu uma extensão do status de não imigrante ou se tornou residente permanente legal durante a validade do visto.
A lei não detalha como fazer esse reembolso, o que deixa um pouco de incerteza no ar. Enfim, quem estiver planejando uma viagem aos EUA precisa se preparar para essa nova realidade. Planejar o orçamento com antecedência é fundamental!
Fonte da Matéria: g1.globo.com
