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Vídeo chocante mostra execução em hospital sírio; equipe médica sob ameaça

Um vídeo de câmera de segurança do principal hospital de Sweida, na Síria, expõe uma cena brutal: a execução a sangue frio de um homem enquanto a equipe médica fica sob a mira de armas. A gravação, feita em 16 de julho, um dia após o governo sírio enviar tropas especiais para a cidade em meio a violentos confrontos entre drusos e beduínos – conflitos que deixaram mais de mil mortos no mês passado – é de gelar o sangue.

Olha só: quatro dos cinco homens armados no vídeo usavam uniformes militares verdes; um deles, um uniforme preto com a inscrição “Ministério do Interior”. Eles intimidaram cerca de duas dúzias de pessoas, entre médicos e voluntários, todos ajoelhados ou agachados, apavorados. Um homem, porém, permaneceu de pé. Dois homens de uniforme o agarraram, esbofetearam, tentando forçá-lo a se ajoelhar. Ao resistir, ele foi baleado duas vezes. Brutal.

Um médico que testemunhou tudo, falando anonimamente à Reuters, identificou a vítima como Muhammad Bahsas, engenheiro civil que estava no hospital como voluntário. Segundo ele, os homens armados vasculharam o hospital por horas, procurando armas e chamando a equipe de “porcos”. Depois, confinaram todos em quartos durante a noite. O assassinato ocorreu às 15h16 (horário local). “Qualquer um que nos denuncie acabará como ele”, teria dito um dos seguranças ao atirar em Bahsas, segundo o relato do médico. Imagina o terror!

Na real, o vídeo só veio à tona nesta segunda-feira (11). Em resposta à divulgação das imagens, que o próprio Ministério do Interior sírio classificou como “perturbadoras”, o ministério disse, em comunicado, que “condena e denuncia” o ato “nos termos mais fortes” e que o vice-ministro de assuntos de segurança supervisionará pessoalmente a investigação para prender os responsáveis o mais rápido possível. Veremos se isso vai acontecer, né?

Aliás, três dias antes do massacre no hospital, Israel lançou um ataque aéreo contra o Ministério da Defesa sírio, alegando ser uma retaliação às mortes de drusos, minoria protegida pelo país. Já no dia 19 de julho, o presidente interino da Síria, Ahmed al-Sharaa, anunciou um cessar-fogo imediato em Sweida. Me parece que a situação por lá tá longe de se resolver. A violência e a impunidade são assustadoras.

Fonte da Matéria: g1.globo.com