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Trump vs. Mídia Americana: Uma Cronologia de Conflitos e Processos

A relação entre o ex-presidente Donald Trump e a imprensa americana sempre foi, digamos, explosiva. Nos últimos meses, essa tensão explodiu em uma série de processos milionários e controversas suspensões de programas de TV. A mais recente faísca? O cancelamento do “Jimmy Kimmel Live!”.

Na quarta-feira, 17 de setembro, a ABC anunciou a suspensão indefinida do programa após comentários feitos por Jimmy Kimmel em seu monólogo de segunda-feira, 15 de setembro, sobre a morte de Charlie Kirk. Kimmel comparou a reação de Trump à morte do ativista à de uma criança de quatro anos chorando por um peixinho dourado. Aí, meu Deus, a coisa pegou fogo! Algumas afiliadas da ABC se recusaram a exibir o programa após a polêmica.

Trump, claro, aproveitou a oportunidade. Ele comemorou a suspensão, chamando Kimmel de “sem talento” e dizendo que “já deveria ter sido demitido há muito tempo”. Essa não foi a única batalha judicial que Trump travou recentemente com a mídia.

Na terça-feira, 16 de setembro, ele entrou com um processo de US$ 15 bilhões (aproximadamente R$ 79 bilhões) contra o The New York Times, acusando o jornal de difamação e calúnia. Mas, olha só que reviravolta, na sexta-feira, 19 de setembro, a Justiça americana rejeitou a ação. O juiz Steven Merryday, da Flórida, considerou a ação “tediosa” e afirmou que Trump estava tentando usar o Judiciário como um “megafone” para sua própria propaganda. “Uma denúncia não é um megafone para assessoria de imprensa ou um pódio para um discurso apaixonado em um comício político”, sentenciou o juiz.

Mas essa não é a primeira vez – e provavelmente não será a última – que Trump se envolve em disputas com veículos de imprensa. Vamos recapitular alguns dos principais conflitos:

* **Dezembro de 2024:** A ABC News pagou US$ 15 milhões à biblioteca presidencial de Trump (mais US$ 1 milhão em honorários advocatícios) para encerrar um processo por difamação. A polêmica começou com uma declaração imprecisa do âncora George Stephanopoulos sobre um processo civil envolvendo Trump e E. Jean Carroll.

* **12 de fevereiro:** Trump removeu a Associated Press do grupo de imprensa da Casa Branca, em retaliação à recusa da agência em usar o termo “Golfo da América” em vez de “Golfo do México”. A AP processou o governo, obtendo uma vitória inicial, posteriormente revertida por uma corte de apelações.

* **1º de maio:** Trump cortou verbas para a PBS e a NPR, alegando viés em suas coberturas. As emissoras processaram o governo. O Congresso, posteriormente, aprovou a eliminação de US$ 1,1 bilhão destinados à radiodifusão pública.

* **2 de julho:** A Paramount Global pagou US$ 16 milhões a Trump para encerrar um processo relacionado à edição de uma entrevista de Kamala Harris no programa “60 Minutes”.

* **18 de julho:** A CBS anunciou o cancelamento do “The Late Show With Stephen Colbert”, em 2026, alegando razões financeiras, poucos dias após Colbert criticar o acordo entre Trump e a Paramount.

* **18 de julho:** Trump processou o Wall Street Journal e Rupert Murdoch por US$ 10 bilhões, após uma reportagem sobre seus laços com Jeffrey Epstein.

* **17 de setembro:** A ABC suspendeu o “Jimmy Kimmel Live!” após comentários de Kimmel sobre o caso Charlie Kirk. Brendan Carr, presidente da FCC indicado por Trump, chamou os comentários de “doentios” e sugeriu responsabilizar Kimmel, a ABC e a Walt Disney Co. Trump, na quinta-feira, 18 de setembro, comemorou a suspensão, alegando baixa audiência do programa, sem apresentar dados que comprovem sua afirmação.

Em resumo, a relação entre Trump e a mídia americana continua tensa e repleta de processos e controvérsias, mostrando um padrão claro de conflitos e ações judiciais ao longo dos anos. A saga continua…

Fonte da Matéria: g1.globo.com