Nesta segunda-feira (18), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebe o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e sete líderes europeus na Casa Branca para uma reunião crucial sobre o conflito na Ucrânia. A Casa Branca divulgou a agenda no domingo (17): um encontro a sós entre Trump e Zelensky no Salão Oval, às 13h15 (horário local) – 14h15 em Brasília – seguido por uma reunião maior, com a presença de Zelensky e os demais líderes europeus, na Sala Leste, às 15h (16h em Brasília). Olha só que encontro importante!
Além de Zelensky, estarão presentes Emmanuel Macron (França), Keir Starmer (Reino Unido), Friedrich Merz (Alemanha), Ursula von der Leyen (Comissão Europeia), Mark Rutte (Otan), Giorgia Meloni (Itália) e Alexander Stubb (Finlândia). A Deutsche Welle apurou que líderes como Meloni, Stubb e Rutte foram convidados, em parte, para tentar minimizar possíveis atritos entre Trump e Zelensky. Imaginem a tensão no ar…
O encontro representa a busca da Ucrânia e da União Europeia por garantias de segurança concretas diante da ofensiva russa, iniciada em fevereiro de 2022. Zelensky já deixou claro: nenhuma concessão territorial será feita sem garantias internacionais robustas, similares ao Artigo 5 da OTAN (defesa coletiva). No domingo (17), ele declarou: “A linha de frente é onde essas negociações podem começar”. Uma declaração forte, né?
Por outro lado, Trump anunciou no fim de semana “grandes progressos” em sua conversa com Vladimir Putin no Alasca, no sábado (16). Segundo Steve Witkoff, enviado especial da Casa Branca, Putin demonstrou abertura para discutir garantias de segurança no modelo da OTAN, algo considerado “transformador” – embora faltem detalhes. Será que é mesmo? A gente fica na expectativa…
A agenda completa (horário de Brasília):
* 13h – Chegada dos líderes europeus na Casa Branca.
* 14h – Trump recebe o presidente da Ucrânia.
* 14h15 – Reunião bilateral Trump-Zelensky.
* 15h15 – Trump recebe os líderes europeus.
* 15h30 – Foto oficial de Trump com os líderes europeus.
* 16h – Reunião multilateral de Trump com os líderes europeus.
Segundo a Reuters, um rascunho de proposta russa para o fim da guerra circula entre diplomatas. O plano prevê a retirada parcial de tropas do norte da Ucrânia, mas exige contrapartidas inaceitáveis para Kiev: reconhecimento da anexação da Crimeia, manutenção do controle russo sobre grande parte do Donbas, promessa de que a Ucrânia não entrará na OTAN e o fim das sanções contra Moscou. Isso é inacreditável!
Diplomatas apontam que não se trata de um acordo formal, mas de uma tentativa russa de consolidar ganhos militares e políticos desde 2022. Para Zelensky, qualquer concessão desse tipo significaria a perda da soberania ucraniana. Na real, ele não vai abrir mão tão fácil, né?
Essa é a segunda reunião entre Trump e Zelensky desde o início da guerra. A primeira, em fevereiro, foi marcada por um tom ríspido de Trump, que chegou a repreender Zelensky publicamente. Desta vez, a presença dos aliados europeus torna a reunião um teste crucial para avaliar o apoio de Trump a Kiev e sua postura em relação às exigências de Moscou.
A reunião também é vista como uma tentativa europeia de cortejar Trump após a cúpula no Alasca (15/02), onde Putin o convenceu a abandonar a exigência de um cessar-fogo imediato, reforçando demandas já conhecidas: anexação de territórios, desarmamento ucraniano e fim das sanções. O New York Times chegou a reportar que Trump e Putin discutiram a cessão completa de Donetsk e Lugansk à Rússia, incluindo áreas não ocupadas militarmente. Zelensky rejeitou a ideia, mas admitiu a possibilidade de negociar sobre terras já sob controle russo. Rutte, secretário-geral da OTAN, reconheceu que Kiev provavelmente terá que aceitar perdas territoriais, mesmo que não formalmente.
Analistas em Berlim, Bruxelas, Londres e Paris acreditam que, se a reunião for produtiva, Trump pretende organizar uma cúpula tripartite com Ucrânia e Rússia já na sexta-feira (22). O New York Times informou que Putin prometeu participar, mas apenas se Kiev aceitar renunciar a territórios antes. Putin ainda considera Zelensky ilegítimo, e diplomatas europeus duvidam que ele realmente queira sentar à mesa com o presidente ucraniano, podendo apenas ganhar tempo para consolidar seus avanços militares. A situação é complexa, e o futuro é incerto.
Fonte da Matéria: g1.globo.com