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Trump quer classificar Antifa como organização terrorista após assassinato de Charlie Kirk

Em meio à onda de violência política que assola os EUA, o presidente Donald Trump anunciou, na quarta-feira (17), sua intenção de classificar o movimento Antifa como organização terrorista. A declaração, feita após o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk em 10 de setembro, pegou muita gente de surpresa. Trump, em Washington D.C., antes de embarcar para Nova York no helicóptero Marine One em 11 de setembro de 2025, disse que vai também pedir investigações a fundo sobre o financiamento do grupo. Olha só, que situação!

Na real, o Antifa, movimento antifascista surgido na Alemanha na década de 1930 em oposição ao nazismo de Hitler, tá presente em vários países hoje em dia, com forte atuação nos EUA. Em suas redes sociais, Trump detonou o grupo, chamando-o de “desastre da esquerda radical”, “doente” e “perigoso”. Ele foi direto: “Vou recomendar fortemente que aqueles que financiam a ANTIFA sejam totalmente investigados”.

A morte de Charlie Kirk, um jovem de 31 anos baleado no pescoço durante um evento na Universidade Utah Valley, serviu de estopim para o anúncio. Trump, sem rodeios, atribuiu a responsabilidade pela violência política crescente no país à esquerda radical. Tyler Robinson, de 22 anos, foi preso dois dias depois, suspeito do crime.

A polêmica decisão de Trump não é nova. Em 2020, após protestos contra a morte de George Floyd, ele já havia ameaçado tomar essa medida, mas enfrentou críticas pesadas de organizações de direitos civis e especialistas que questionaram sua autoridade para tal. Me parece que a situação tá bem mais tensa agora.

Historicamente, o Antifa luta contra o racismo, o sexismo e adota discursos anticapitalistas. Analistas os classificam como de esquerda ou extrema-esquerda, embora eles se definam apenas como oposição à extrema-direita. Sem querer disputar eleições ou influenciar o Congresso, o grupo usa métodos parecidos com os anarquistas, incluindo a destruição de propriedades e confrontos físicos.

Especialistas argumentam que, sendo uma entidade doméstica, o Antifa não pode ser incluído na lista de organizações terroristas estrangeiras do Departamento de Estado – lista que inclui grupos como o Estado Islâmico e a al-Qaida. A liberdade de expressão garantida pela Constituição americana seria um entrave. Aliás, o Antifa já recebeu críticas de ambos os lados do espectro político americano pela violência em protestos.

Os EUA vivem o período mais violento politicamente desde os anos 1970, segundo a Reuters. Mais de 300 atos violentos com motivação política foram registrados desde a invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021 por apoiadores de Trump. Isso é incrível, né? A situação tá realmente preocupante.

Kirk, fundador do Turning Point USA, grupo estudantil conservador, foi peça-chave na mobilização de jovens pelo apoio a Trump em 2016 e 2024. Seus eventos lotavam universidades por todo o país. Defensor de valores cristãos, do livre mercado e do movimento MAGA, Kirk era também pró-armas, cético quanto ao aquecimento global e crítico da esquerda. Após a vitória de Trump em 2016, ele se tornou figura frequente na Casa Branca e no círculo íntimo da família Trump, influenciando decisões políticas. Sua morte, sem dúvida, vai deixar um vácuo.

Fonte da Matéria: g1.globo.com