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Trump processa Wall Street Journal por US$ 10 bilhões após reportagem sobre Epstein

Donald Trump, o ex-presidente dos EUA, entrou com um processo milionário contra o Wall Street Journal (WSJ), pedindo nada menos que US$ 10 bilhões (mais de R$ 55 bilhões!) em indenização. Motivo? Uma reportagem que afirma que ele enviou uma carta ao bilionário Jeffrey Epstein com um desenho de uma mulher nua. A ação foi apresentada na sexta-feira, 18 de agosto.

A bomba explodiu! Trump acusa o jornal, seus donos e dois repórteres de difamação, alegando que agiram com “má fé”, causando danos irreparáveis à sua reputação e fortuna. “Mal posso esperar para ver o Rupert Murdoch testemunhando nesse processo contra ele e seu ‘lixo de jornal’, o WSJ. Vai ser interessante!”, escreveu Trump, em tom desafiador, no Truth Social, sua rede social favorita.

A reportagem polêmica, publicada na quinta-feira (17), afirma que a carta foi enviada em 2003. Segundo o WSJ, ela fazia parte de um álbum comemorativo dos 50 anos de Epstein, organizado por Ghislaine Maxwell, sua cúmplice nos crimes sexuais. Isso tudo anos antes de Epstein ser preso.

Olha só o que o jornal publicou: a carta, supostamente escrita por Trump, contém uma mensagem datilografada dentro do contorno de uma mulher nua desenhada à mão. A assinatura “Donald” está abaixo da cintura da figura. A mensagem termina com a frase: “Feliz aniversário — e que cada dia seja mais um maravilhoso segredo”.

Ainda mais inusitado: a carta inclui um diálogo fictício entre Trump e Epstein, em terceira pessoa. Um trecho divulgado pelo WSJ dizia:

Narrador: Deve haver mais na vida do que ter tudo.
Donald: Sim, existe, mas não vou te dizer o que é.
Jeffrey: Nem eu, já que também sei o que é.
Donald: Temos certas coisas em comum, Jeffrey.
Jeffrey: É verdade, pensando bem.
Donald: Enigmas nunca envelhecem, você já notou?
Jeffrey: Na verdade, isso ficou claro para mim da última vez que te vi.
Donald: Um amigo é uma coisa maravilhosa. Feliz aniversário — e que cada dia seja mais um maravilhoso segredo.

Trump nega veementemente a autoria. “Nunca pintei um quadro na minha vida. Não desenho mulheres”, disse ele. “Não é a minha linguagem. Não são as minhas palavras.” Uma negação categórica!

O WSJ, por sua vez, garante ter acesso ao álbum, analisado por investigadores do Departamento de Justiça anos atrás. O jornal, no entanto, não sabe se as páginas foram revisadas durante o governo Trump. Um mistério a mais nessa história toda…

Em outra frente, Trump pediu à Justiça americana que divulgue mais informações sobre o caso Epstein. Na quinta-feira, ele disse ter ordenado à Procuradoria-Geral dos EUA que solicitasse a um tribunal a divulgação do depoimento do grande júri sobre Epstein. O pedido já foi feito.

Todd Blanche, procurador-geral adjunto, argumentou que o público tem o direito de saber o conteúdo dessas transcrições, chamando-as de “peças cruciais de um momento importante na história da nossa nação”. Ele prometeu proteger as identidades das vítimas antes de tornar qualquer material público.

A divulgação dos documentos do grande júri pode não atender às expectativas de todos os apoiadores de Trump, que clamam pela liberação completa dos arquivos do governo. Os grandes júris analisam provas para decidir se alguém deve ser indiciada, incluindo boatos e informações que não seriam admissíveis em um julgamento. As transcrições desses procedimentos geralmente são mantidas em segredo.

A relação entre Trump e Epstein é um capítulo à parte. Sabe-se que eles foram próximos nos anos 1990. Apesar de seu nome aparecer em registros de voos ligados ao bilionário, Trump não é alvo de investigação. A polêmica em torno de uma suposta “lista de clientes” de Epstein também continua gerando especulações e dividindo opiniões. Trump, inicialmente, prometeu divulgar essa lista, mas depois mudou de versão, afirmando que se trata de uma farsa. Essa reviravolta irritou parte de sua base, alimentando ainda mais as teorias da conspiração em torno do caso.

Fonte da Matéria: g1.globo.com