A Casa Branca tá em polvorosa! A notícia de que Donald Trump teria sido avisado em maio sobre a menção do seu nome em documentos do Departamento de Justiça relacionados a Jeffrey Epstein, o magnata acusado de tráfico sexual de menores, explodiu. A informação veio à tona através do Wall Street Journal. A publicação afirma que a procuradora-geral, Pam Bondi, teria informado o presidente durante uma reunião rotineira. O jornal ressaltou que a mera aparição nos documentos não indica irregularidades por parte de Trump.
Só que a Casa Branca reagiu na lata, classificando a reportagem como “notícia falsa”. Olha só a pressão que o governo Trump vem sofrendo pra soltar mais informações sobre o caso Epstein – um sujeito com quem Trump, segundo ele mesmo, rompeu em 2004.
Na campanha presidencial de 2016, Trump prometeu liberar esses arquivos. Mas, desde então, seus apoiadores estão frustrados com a falta de transparência do governo, principalmente sobre uma suposta “lista de clientes” de Epstein. No início do mês, o Departamento de Justiça e o FBI negaram a existência dessa lista.
Epstein, vale lembrar, morreu numa cela em Nova York em 2019, aguardando julgamento por tráfico sexual – após uma condenação anterior por aliciamento de uma menor. Sua morte foi considerada suicídio, mas, claro, gerou várias teorias da conspiração.
E as coisas não param por aí! Na quarta-feira (24/07), uma juíza na Flórida negou o pedido do Departamento de Justiça para tornar públicos os arquivos do caso Epstein. No mesmo dia, uma subcomissão da Câmara dos Representantes votou a favor de intimar o Departamento de Justiça para obter esses documentos. A intimação ainda precisa da assinatura do presidente da comissão para ser oficial.
O que diz o Wall Street Journal é que Bondi teria informado Trump que os arquivos continham rumores sobre várias pessoas, incluindo ele. Isso contradiz uma declaração anterior do presidente, que negou ter recebido essa informação de Bondi.
Segundo o jornal, Bondi também teria dito a Trump que os documentos continham pornografia infantil e informações sobre vítimas que não deveriam ser divulgadas. Vale frisar: a aparição nos documentos não significa crime, e Trump nunca foi acusado de irregularidades relacionadas a Epstein.
A reportagem foi confirmada por outros veículos americanos, mas não pela BBC. Steven Cheung, porta-voz de Trump, chamou a notícia de “mais uma invenção dos democratas e da imprensa liberal”, comparando-a ao “escândalo Russiagate”. Bondi declarou que “nada nos arquivos justificava mais investigações”. Já Kash Patel, diretor do FBI, disse que a história é mais uma tentativa de difamar o presidente.
Mas, gente, a coisa tá estranha! Um funcionário anônimo da Casa Branca disse à Reuters que eles não estão negando a presença do nome de Trump nos documentos, lembrando que arquivos de Epstein com informações sobre Trump, inclusive números de telefone de familiares, foram divulgados em fevereiro para influenciadores conservadores.
Trump havia pedido a Bondi a liberação de todos os documentos do grande júri, levando o Departamento de Justiça a solicitar aos tribunais da Flórida e Nova York a divulgação dos arquivos. Mas a juíza Robin Rosenberg, nomeada por Obama, negou o pedido, alegando que a liberação violaria as regras de sigilo. A juíza também recusou a transferência da questão para Nova York, onde outros juízes analisam pedidos semelhantes.
Enquanto isso, Ghislaine Maxwell, cúmplice de Epstein e condenada a 20 anos de prisão, volta aos holofotes. Seu advogado confirmou que um alto funcionário do Departamento de Justiça pretende se reunir com ela. Além disso, republicanos da Câmara enviaram uma intimação para que ela testemunhe remotamente em 11 de agosto. Seu advogado disse que ela testemunharia com sinceridade, se decidir não se calar. Mike Johnson, presidente da Câmara, porém, alertou que não se pode confiar no testemunho de Maxwell.
A mudança de postura de Bondi, que antes sugerira grandes revelações, gerou revolta entre os apoiadores de Trump e acusações de encobrimento por parte dos democratas. Na terça-feira, o presidente da Câmara antecipou o recesso parlamentar, tentando adiar os esforços para forçar a divulgação dos documentos. Mas, na quarta, republicanos rebeldes da Comissão de Supervisão votaram pela intimação do Departamento de Justiça. A intimação, no entanto, depende da assinatura de James Comer, presidente da comissão.
Fonte da Matéria: g1.globo.com