Olha só! O presidente Donald Trump anunciou na quarta-feira (9), uma bomba no mercado internacional: uma tarifa de 50% sobre todo o cobre importado para os EUA. A medida, segundo o republicano, entra em vigor em 1º de agosto de 2025. Isso mesmo, o dia em que o tarifaço global, antes suspenso por Trump, volta com tudo!
Ele justificou a decisão em um post no Truth Social, dizendo que a tarifa se baseia em uma “robusta avaliação de segurança nacional”. Na real, a taxa iguala a alíquota já aplicada a outros metais importantes, como aço e alumínio – ambos também com 50% de imposto desde 4 de junho. E isso, meus amigos, afeta diretamente o Brasil, segundo maior fornecedor de aço dos EUA.
A notícia pegou todo mundo de surpresa, principalmente porque a tarifa é maior do que o esperado. Resultado? O preço do cobre disparou mais de 10% na véspera do anúncio! A decisão, inicialmente anunciada na terça-feira, foi confirmada por Trump um dia depois.
O cobre, além de ser crucial na construção civil e no setor de transportes, é essencial para eletrônicos, e, principalmente, para a indústria de defesa. Trump, aliás, enfatizou esse último ponto: “O cobre é essencial para semicondutores, aeronaves, navios, munições… até armas hipersônicas, das quais estamos produzindo muitas!”, disse ele. “É o segundo material mais usado pelo Departamento de Defesa! Por que nossos ‘líderes’ tolos (e sonolentos!) destruíram essa indústria tão importante? Essa tarifa vai reverter a estupidez do governo Biden!”, completou, atacando seu sucessor.
Já em fevereiro, o governo Trump havia iniciado uma investigação – a Seção 232 – sobre as importações de cobre. O prazo final era novembro, mas não ficou claro se as novas tarifas significam o fim desse processo. Me parece que não, né?
Os países mais afetados? Chile, Canadá e México, principais fornecedores de cobre refinado, ligas e produtos de cobre para os EUA em 2024, segundo dados do Censo norte-americano. Os três países, inclusive, já haviam comunicado a Trump que suas importações não representavam ameaça aos EUA e, portanto, não deveriam ser taxadas. Todos eles têm acordos de livre comércio com Washington. Tipo assim, uma situação bem delicada.
O Chile, maior produtor mundial de cobre, declarou por meio do Ministério das Relações Exteriores que não recebeu comunicação oficial sobre a implementação da tarifa.
Para Ole Hansen, chefe de estratégia de commodities do Saxo Bank, a tarifa de 50% pode impactar empresas americanas, já que os EUA estão longe de produzir cobre suficiente para atender sua demanda interna. “Os EUA importaram toda a demanda de um ano nos últimos seis meses. Então, os níveis locais de estoque estão amplos”, explicou Hansen. “Vejo uma correção nos preços do cobre após o salto inicial.”
*Com informações da agência de notícias Reuters. A informação adicional sobre o ataque ao Irã, embora relevante para o contexto da atuação internacional de Trump, não está diretamente relacionada à imposição da tarifa sobre o cobre e, portanto, foi omitida desta versão do texto.
Fonte da Matéria: g1.globo.com