Olha só que situação inusitada! Na última quinta-feira (24), o ex-presidente Donald Trump protagonizou um verdadeiro climão com Jerome Powell, o chefe do Federal Reserve (Fed), durante uma visita às obras de reforma da sede do banco central americano. A visita, pra começo de conversa, já era tensa, né? Afinal, Trump vinha pressionando Powell para reduzir as taxas de juros, que estavam na faixa de 4,25% a 4,50%. E, tipo assim, o contexto todo envolve ainda a tentativa do ex-presidente de desviar o foco da polêmica do caso Jeffrey Epstein – uma verdadeira bomba relógio.
No meio da visita ao canteiro de obras, Trump soltou a bomba: segundo ele, a reforma estava custando a bagatela de US$ 3,1 bilhões! Powell, na maior tranquilidade, rebateu: “Não tô sabendo disso, não”, disse ele, balançando a cabeça. Aí, Trump mostrou um papel com os dados para Powell, que, esperto, respondeu: “Vocês incluíram um terceiro prédio aí, o Martin Building”, que, aliás, já tinha sido concluído cinco anos antes. Que saia justa, hein?
Vale lembrar que Trump foi quem nomeou Powell para o cargo em 2018. Quatro anos depois, Joe Biden o reconduziu. A última vez que os dois tinham se visto foi em março, quando Trump o chamou à Casa Branca para, mais uma vez, pressioná-lo por cortes nos juros. Imaginem a tensão no ar! Na visita ao canteiro de obras, os dois estavam usando capacetes – uma imagem que, sinceramente, eu acho bem inusitada.
Em meio à conversa com repórteres, Trump foi questionado sobre o que faria com um gerente que estourasse o orçamento de uma obra. A resposta dele? “Eu o demitiria”, disse, sem pestanejar. Mas, nos bastidores, a pressão da Casa Branca sobre Powell vinha crescendo nas últimas semanas. Auxiliares de Trump acusavam o Fed de má gestão, alegando que o estouro de custos, inicialmente orçado em US$ 2,5 bilhões, já passava de US$ 700 milhões, segundo o diretor do Orçamento, Russell Vought. Scott Bessent, o secretário do Tesouro, chegou a pedir uma revisão das operações do Fed que não envolvem política monetária, usando os prejuízos operacionais como justificativa para questionar os gastos com a obra.
Apesar de toda essa pressão, Trump negou os rumores de que tentaria demitir Powell. A Lei do Federal Reserve, de 1913, prevê a possibilidade de demissão do chefe do Banco Central americano por “justa causa”, mas não define o que seria essa “justa causa”, nem estabelece critérios ou procedimentos para isso. Ufa! Que situação tensa! Uma verdadeira novela com capítulos ainda por vir.
Fonte da Matéria: g1.globo.com