Donald Trump, o ex-presidente dos EUA, anunciou na sexta-feira (1º de agosto) que posicionou dois submarinos nucleares perto da Rússia. A ação, segundo ele, é uma resposta direta a uma ameaça feita por Dmitri Medvedev, ex-presidente russo e aliado de Vladimir Putin. Em entrevista à Newsmax, Trump não escondeu a sua preocupação: “Eles estão mais perto da Rússia, sim, bem mais perto!”.
A ameaça de Medvedev veio pelas redes sociais, onde ele invocou o “Mão Morta”, o sistema soviético de retaliação nuclear automática. “Na real, ele não devia ter dito isso”, comentou Trump, “O cara tem uma língua comprida, já soltou outras pérolas antes. A gente precisa estar sempre preparado, sabe?”. A declaração de Trump deixou claro que a movimentação dos submarinos é uma demonstração de força, uma forma de mostrar que ele não está para brincadeiras.
A tensão entre os dois, na verdade, começou por causa de tarifas sobre petróleo russo. Trump criticou Medvedev em suas redes sociais, chamando-o de “ex-presidente fracassado” e o acusando de estar “entrando em um território muito perigoso!”. Medvedev respondeu em seu canal no Telegram, dizendo que a reação de Trump demonstrava nervosismo, o que, segundo ele, significa que a Rússia está “no caminho certo”.
Essa troca de farpas, aliás, não é novidade. Desde o início da guerra na Ucrânia, Medvedev tem sido uma voz extremamente agressiva do Kremlin contra o Ocidente. Muita gente considera isso irresponsável, mas diplomatas acreditam que as falas dele refletem, sim, parte da estratégia russa.
Trump também estabeleceu um novo prazo, 8 de agosto, para um acordo de cessar-fogo entre a Ucrânia e a Rússia. Caso contrário, ele promete impor sanções à Rússia. “Putin entende muito bem de sanções, sabe como evitá-las”, afirmou Trump. Ele disse estar “decepcionado” com Putin, admitindo uma mudança de postura em relação ao líder russo. “No começo, a gente teve conversas boas, parecia que ia dar certo. Aí, bum! As bombas começaram a cair na Ucrânia”, lamentou Trump.
Olha só, a declaração de Trump sobre os submarinos nucleares veio numa semana em que ele já havia chamado Putin de “inútil”, mostrando uma mudança significativa em sua retórica em relação ao início de seu mandato, quando ele se mostrava mais amigável ao presidente russo. A situação, sem dúvida, é tensa e exige atenção.
Fonte da Matéria: g1.globo.com