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Trump, apesar de tarifas à Suíça, comparece ao US Open como convidado da Rolex

Olha só! Donald Trump, o ex-presidente dos EUA, vai prestigiar a final masculina do US Open neste domingo (7), convidado da Rolex. Isso mesmo, a marca suíça de relógios de luxo, apesar das altas tarifas impostas pelo próprio Trump a produtos suíços importados para os EUA. A imagem, tirada por Alex Brandon/AP Photo, mostra Trump assinando um documento no Salão Oval da Casa Branca na sexta (5).

A Casa Branca? Nem comentou sobre a presença de Trump no torneio de tênis, sendo convidado de uma empresa. Enquanto isso, a organização do US Open tá numa correria, tentando evitar que qualquer vaias ao ex-presidente apareçam na transmissão. A gente imagina o climão, né?

A final, que começa às 15h (horário de Brasília), vai colocar frente a frente o espanhol Carlos Alcaraz, 22 anos, cabeça de chave número 2, e o italiano Jannik Sinner, 24, atual campeão e número 1 do ranking. Que partida!

Recentemente, o governo Trump aplicou taxas de 39% sobre produtos suíços, um verdadeiro “tarifaço”, como mostram os mapas que circularam na época. Essa taxa é mais de duas vezes e meia maior que a aplicada sobre bens da União Europeia (15%) e quase quatro vezes maior que a cobrada sobre produtos britânicos (10%). Uau!

A Associação de Tênis dos EUA já avisou: qualquer manifestação negativa contra Trump na transmissão da ABC não vai ao ar. Segundo a entidade, em comunicado oficial, é a política padrão. “A gente regularmente pede aos nossos parceiros de transmissão que evitem mostrar qualquer interrupção fora da quadra”, disseram.

Trump já foi figura frequente no US Open, mas não aparecia por lá desde setembro de 2015, quando foi vaiado durante uma partida das quartas de final, poucos meses após o lançamento de sua primeira campanha presidencial. Que memória, hein?

Alcaraz, o tenista espanhol, disse que a presença de Trump seria “ótima para o tênis”, mas que a mesma deferência deveria ser dada a qualquer presidente. Ele mesmo confessou: “Vou tentar me concentrar na final e não pensar muito nisso. Não quero ficar nervoso por causa disso”.

Aliás, um presidente em exercício não ia ao US Open desde Bill Clinton, em 2000. Já Barack e Michelle Obama estiveram na abertura do torneio em 2023.

Trump, por sua vez, tem sido presença constante em eventos esportivos, onde a galera costuma misturar vaias e aplausos. Desde que voltou à cena política, ele já foi visto no Super Bowl (Nova Orleans), na Daytona 500 (Nascar), em lutas do UFC (Miami e Newark), no campeonato universitário de luta livre da NCAA (Filadélfia) e na final do Mundial de Clubes da Fifa (East Rutherford, Nova Jersey). Lembra daquela vez que ele foi vaiado e aplaudido na final da Copa do Mundo de Clubes da Fifa? Foi um show à parte!

A verdade é que Trump não parece se preocupar muito em separar a política da vida pessoal e dos negócios. Ele promove constantemente criptomoedas e seus resorts de golfe de luxo. Na sexta-feira (5), ele anunciou que os EUA vão sediar a cúpula do G20, em dezembro de 2026, no seu próprio hotel e campo de golfe, o Trump National Doral, no sul da Flórida. Interessante, né?

Trump nasceu no Queens, bairro onde fica o US Open. Antes da política, ele costumava assistir aos jogos da varanda de sua suíte e aparecia com frequência nos telões. A Organização Trump até tinha sua própria suíte no estádio, ao lado da cabine de transmissão, mas fechou em 2017, no primeiro ano de Trump na Casa Branca. Hoje, a empresa é administrada pelos filhos dele.

Nos últimos anos, inclusive entre seus mandatos, Trump passou a morar principalmente em sua propriedade Mar-a-Lago, na Flórida.

*Com informações da Associated Press.

Fonte da Matéria: g1.globo.com