Olha só! O presidente americano, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (6) um “grande progresso” na reunião entre seu enviado especial, Steve Witkoff, e o presidente russo, Vladimir Putin. A informação veio diretamente do próprio Trump, via Truth Social, horas após o encontro de quase três horas no Kremlin, em Moscou. Ele disse que a conversa foi “altamente produtiva” e que já atualizou alguns aliados europeus. A mensagem? A guerra na Ucrânia precisa acabar, e eles vão trabalhar duro para isso nas próximas semanas.
Na real, os russos também se manifestaram, chamando a reunião de “útil e construtiva”. Yury Ushakov, assessor de Putin, falou em uma “troca de sinais” entre Moscou e Washington, um tom otimista, né? Mas sem revelar detalhes. A gente imagina que os russos queiram adiar as sanções que Trump prometeu impor até sexta-feira (8). Kirill Dmitriev, CEO do Fundo Russo de Investimento e também enviado especial de Putin, concordou, dizendo que o diálogo vai prevalecer.
Apesar do otimismo, um oficial americano afirmou à Reuters que a posição da Casa Branca sobre as “tarifas severas” de 100% contra a Rússia permanece inalterada. Trump, aliás, não deu detalhes sobre os tais “avanços”.
A reunião aconteceu dois dias antes do prazo final dado por Trump para que a Rússia encerrasse as hostilidades na Ucrânia. Caso contrário, ele ameaçou impor sanções pesadas. Isso inclui tarifas adicionais em países que comercializam com a Rússia, como China e Índia. Me parece que Trump tá cada vez mais frustrado com Putin, hein? Afinal, ele começou o segundo mandato com a promessa de resolver a questão ucraniana em poucos dias…
Trump também ligou para o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para atualizá-lo sobre a reunião. Zelensky, por sua vez, disse que todos concordam que a guerra precisa acabar e que a pressão sobre a Rússia está funcionando.
A cena do aperto de mão sorridente entre Putin e Witkoff contrastou bastante com a atual tensão entre EUA e Rússia. Witkoff, um braço direito de Trump em missões de paz, já havia se reunido com Putin outras vezes sem sucesso. A situação ficou ainda mais tensa depois que Trump enviou submarinos nucleares em resposta às ameaças do ex-presidente russo Dmitri Medvedev com o sistema “Mão Morta”.
Zelensky aproveitou a visita de Witkoff a Moscou para pedir o reforço de todas as alavancas de pressão dos EUA, Europa e G7 contra a Rússia. Segundo ele, o Kremlin só vai parar quando sentir pressão suficiente. Quando perguntado sobre a possibilidade de a Rússia evitar as sanções, Witkoff respondeu simplesmente: “Sim, alcançar um acordo para que as pessoas parem de morrer”. Moscou, claro, chamou as ameaças de “ilegítimas”.
Enquanto isso, a guerra continua. Autoridades ucranianas relataram mortes e feridos em bombardeios em Zaporizhzhia. A Rússia, por sua vez, anunciou a interceptação de drones ucranianos. A AFP, com base em dados de Kiev, informou que o exército russo lançou um recorde de 6.297 drones contra a Ucrânia em julho.
Em meio a isso tudo, Suécia, Dinamarca e Noruega anunciaram a compra de armas americanas, doando 500 milhões de dólares (2,75 bilhões de reais) em ajuda militar à Ucrânia. O ministro da Defesa sueco, Pal Jonson, destacou que a Ucrânia luta não só pela sua segurança, mas pela de todos. Isso se soma ao projeto anunciado por Trump e o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, para que aliados europeus e o Canadá comprem armas americanas, incluindo os sistemas Patriot.
Putin, por sua vez, disse querer a paz, mas mantém suas exigências: a Ucrânia deve ceder quatro regiões parcialmente ocupadas (Donetsk, Lugansk, Zaporizhzhia e Kherson), além da Crimeia, anexada em 2014, renunciar a armas ocidentais e desistir da adesão à OTAN. Kiev considera essas condições inaceitáveis. A situação continua tensa, a gente precisa acompanhar de perto.
Fonte da Matéria: g1.globo.com