Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.
Notícias

Trump Anuncia “Centros de Alimentação” em Gaza; Crise Humanitária Agrava-se

Nesta segunda-feira (28 de julho de 2025), o então presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a criação de “centros de alimentação” em Gaza, afirmando que a fome na região é “de verdade”. “A gente vai trabalhar junto para criar esses centros onde as pessoas possam comer sem problemas, sabe? Hoje, elas veem a comida lá longe, atrás de cercas… uma loucura!”, declarou Trump em encontro com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer. Ele não deu detalhes sobre a implementação, mas disse que as coisas “precisam ser diferentes”. “Temos que cuidar das necessidades humanitárias de Gaza… a gente pode salvar muita gente”, completou.

Starmer, por sua vez, qualificou as imagens de crianças famintas como “revoltantes”. “Precisamos pressionar outros países a pedirem um cessar-fogo em Gaza”, enfatizou.

Enquanto isso, a situação humanitária continua caótica. Dezenas de caminhões com ajuda humanitária entraram em Gaza nesta segunda-feira, tanto pelo Egito, pela passagem de Rafah, quanto por corredores humanitários abertos por Israel após uma pausa humanitária anunciada no sábado (26). A Cruz Vermelha egípcia, por exemplo, enviou 135 caminhões com cerca de 1.500 toneladas de ajuda, incluindo comida e itens de higiene. A Cogat, órgão do Ministério da Defesa israelense, informou que mais de 200 caminhões entraram em Gaza aguardando distribuição. Olha só, a situação tá bem complicada!

Essa pausa humanitária, segundo o Exército israelense, prevê a suspensão diária das atividades militares entre 10h e 20h, horário local (4h e 14h em Brasília), em diferentes regiões de Gaza. Mas, na real, a ajuda ainda tá longe de ser suficiente.

A ONU e ONGs descrevem a situação como “fome em massa”. Israel, por sua vez, nega a existência de uma política de fome, mas as críticas internacionais são intensas. As negociações indiretas para um cessar-fogo, mediadas por Doha entre Israel e o Hamas, estão paradas.

A situação, segundo o secretário-geral da ONU, virou um “show de horrores”. Afinal, Israel bloqueou totalmente a entrada de ajuda entre março e maio, para pressionar o Hamas pela libertação de reféns, e depois passou a controlar a distribuição, sendo acusada de fazer isso a conta-gotas e de até matar palestinos em busca de ajuda. Israel alega que as restrições visavam impedir que a ajuda caísse nas mãos do Hamas, culpando a ONU pela ineficiência na distribuição, mesmo tendo proibido a atuação da ONU e de ONGs em Gaza. No domingo, Netanyahu reiterou que a guerra continuará até a “vitória total”.

A guerra começou em 7 de outubro de 2023 com um ataque terrorista do Hamas em Israel, que deixou mais de 1.200 mortos e 251 reféns levados para Gaza. A ofensiva israelense, desde então, causou a morte de quase 60 mil palestinos, segundo autoridades locais chanceladas pela ONU, a maioria mulheres e crianças. Uma tragédia imensa, né? Grande parte de Gaza está em ruínas e quase toda a população foi deslocada.

A pausa humanitária iniciada no domingo (27) inclui corredores e pontos de distribuição de alimentos. O chefe humanitário da ONU, Tom Fletcher, disse que as equipes vão intensificar os esforços para alimentar os famintos durante as pausas. Israel também retomou o envio de alimentos por via aérea, divulgando um vídeo do primeiro lançamento no sábado (26). Desde maio, esse apoio se concentra na Fundação Humanitária de Gaza, entidade controversa apoiada por Israel e criticada pela ONU.

A situação é dramática. Dezenas de palestinos morreram de desnutrição nas últimas semanas, incluindo 85 crianças, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Um vídeo da Reuters mostrou crianças com desnutrição severa em um hospital. O Programa Mundial de Alimentos (WFP) disse que quase um terço da população palestina passa dias sem comer. O governo Netanyahu culpa a ONU e o Hamas pela situação. A situação em Gaza, tipo assim, é de desespero.

Fonte da Matéria: g1.globo.com