Uma tragédia de proporções assustadoras atingiu o Texas. Na sexta-feira (4 de julho de 2025), fortes chuvas provocaram uma enchente histórica no Rio Guadalupe, deixando um rastro de destruição e dezenas de mortos e desaparecidos. A situação é dramática, gente! Equipes de resgate trabalham incansavelmente, com o apoio de helicópteros, em busca dos desaparecidos.
O governador Greg Abbott, em declaração no sábado (5), garantiu que não vão descansar enquanto não encontrarem todas as vítimas. “Vamos ser implacáveis! Não paramos hoje, nem amanhã. Só paramos quando o trabalho estiver concluído”, afirmou com firmeza.
Até o momento, pelo menos 50 pessoas perderam suas vidas devido às tempestades desde sexta-feira. Só no condado de Kerr, o número chega a 43 mortes. O xerife Larry Leitha relatou que, infelizmente, cinco adultos e três crianças ainda não foram identificados. A situação é ainda mais desesperadora porque um grupo de 27 meninas que estavam em um acampamento de verão, o Camp Mystic, continua desaparecido. A enchente, segundo relatos, “varreu” o acampamento.
Segundo o jornal “The New York Times”, outros óbitos foram registrados: quatro em Travis County, três em Burnet County e um em Kendall County. O presidente Donald Trump expressou suas condolências pelas redes sociais, afirmando que o governo federal está colaborando ativamente nas buscas. “Melania e eu estamos rezando por todas as famílias afetadas por essa tragédia”, escreveu ele em seu perfil no Truth Social. A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, confirmou também a liberação de ajuda federal após o pedido de declaração de desastre feito pelo governo do Texas.
Imagens chocantes circulam: policiais entre escombros, famílias caminhando sobre árvores caídas, um policial com cão farejador em meio a carros revirados. Tudo isso retrata o impacto devastador da força da natureza.
As autoridades meteorológicas haviam emitido alertas sobre o risco de clima severo antes das chuvas. A previsão era de 70 a 150 milímetros de precipitação a partir de quinta-feira (3), mas a realidade superou as expectativas: foram registrados até 250 milímetros! Um medidor no Rio Guadalupe, perto de Hunt, registrou uma subida de 6,7 metros em apenas duas horas, falhando ao atingir a marca de 9 metros, segundo o meteorologista Bob Fogarty. Mais de 800 pessoas precisaram ser evacuadas. Olha só o impacto!
Guardas florestais chegaram ao Camp Mystic na tarde de sexta-feira e iniciaram a evacuação dos campistas que estavam em áreas mais altas. “O acampamento foi completamente destruído. Foi apavorante!”, relatou Elinor Lester, de 13 anos, uma das sobreviventes. A menina descreveu o terror de acordar às 1h30 da madrugada com a força da chuva e dos trovões, com a água invadindo tudo. Ela e suas colegas de cabana, do grupo mais velho, foram resgatadas de helicóptero. Mas as cabanas das meninas mais novas, a partir dos 8 anos, estavam bem próximas ao rio e foram as primeiras a serem inundadas. Elas tiveram que subir a colina em busca de abrigo, passando horas sem comida, luz ou água.
A mãe de Elinor, Elizabeth Lester, disse que seu outro filho estava em um acampamento próximo, o Camp La Junta, e conseguiu escapar. Tanto o Camp La Junta quanto o Camp Waldemar relataram em suas redes sociais que todos seus campistas e funcionários estavam seguros. Elizabeth, entretanto, ainda está devastada com o desaparecimento de outras crianças, inclusive a filha de uma amiga que era monitora no Camp Mystic. “Meus filhos estão a salvo, mas saber que outras crianças estão desaparecidas está me quebrando por dentro”, desabafou.
Na escola primária de Ingram, transformada em ponto de encontro para famílias, a cena era de desespero e esperança misturados. Muitas famílias usaram grupos do Facebook para tentar encontrar suas filhas. A Associated Press registrou o momento em que uma menina, com a camiseta do Camp Mystic, chorava nos braços da mãe. O cenário era de pura angústia.
Chloe Crane, professora e ex-monitora do Camp Mystic, fundado em 1926, descreveu o acampamento como um lugar especial para meninas desenvolverem autoconfiança e independência. Agora, um lugar de memórias felizes está transformado em cenário de uma tragédia imensurável. Austin Dickson, diretor da Community Foundation of the Texas Hill Country, explicou que o acampamento fica em uma área propensa a enchentes, um “corredor de enchentes”, onde a água da chuva escoa rapidamente morro abaixo.
O governador Abbott, em vídeo na rede X (antigo Twitter), mostrou o resgate de uma vítima do topo de uma árvore por um helicóptero, enquanto a água furiosa corria abaixo. “Missões de resgate aéreo como essa estão acontecendo 24 horas por dia. Não vamos parar até que todos sejam encontrados”, garantiu.
O juiz do condado de Kerr, Rob Kelly, disse que, apesar de inundações frequentes na região, nada se compara ao que aconteceu desta vez. Ele destacou que “este é o vale fluvial mais perigoso dos Estados Unidos”. A região já sofreu com tragédias semelhantes: em 1987, um ônibus com adolescentes de um acampamento cristão foi levado pela correnteza, resultando na morte de dez campistas.
*Com informações da Associated Press e da Reuters.
Fonte da Matéria: g1.globo.com