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The Town 2025: Lições aprendidas e planos para uma experiência impecável

O The Town 2023 foi um sucesso de público, mas não escapou de algumas críticas. A locomoção entre os palcos, olha só, virou um verdadeiro perrengue para muita gente! A vice-presidente do festival, Roberta Medina, chegou a comentar com o g1 que a mobilidade era o “calcanhar de Aquiles” da primeira edição. No primeiro fim de semana, a entrada no autódromo foi um caos, mas a situação melhorou um pouco no segundo. Procuramos o The Town para saber sobre os planos para 2025, mas até o fechamento desta reportagem, não obtivemos resposta.

Mas calma, a gente não tá aqui pra apontar o dedo! A estreia de um megaevento desse porte sempre tem seus desafios. Por isso, a gente garimpou entrevistas com especialistas internacionais e com a própria Roberta Medina para entender como melhorar a experiência do público no The Town 2025. Prepara que lá vem!

**Planejamento integrado: a chave do sucesso**

Kaitlin Coari, especialista em cidades-sede de grandes eventos da Arup (responsável por eventos gigantes como Olimpíadas e Copas do Mundo), crava: um bom planejamento é aquele que passa despercebido. “Você não quer que transporte ou segurança sejam manchete”, afirma ela.

Na real, o ideal é pensar no evento como uma jornada completa. Desde a saída de casa até a volta, tudo precisa estar integrado: acesso ao local, entrada, circulação interna e saída. E isso, gente, exige um planejamento proativo e um plano B (e C, e D…) para diferentes cenários.

Começar cedo é fundamental, meses ou até anos antes, dependendo da escala do evento. Com data e atrações definidas, é hora de reunir todos os envolvidos: produção, segurança, transporte e até o comércio local. Aí, sim, é possível analisar todas as variáveis.

Kaitlin lembra que experiências passadas são importantes, mas cada evento tem suas particularidades. Público, artistas, local… tudo influencia! No The Town, por exemplo, o público muda radicalmente a cada dia, entre rock, pop e trap. Cada estilo tem seu perfil, seu consumo, sua idade… tudo isso interfere no planejamento.

**Entradas e saídas: o fluxo que importa**

Em eventos com ingressos, é mais fácil estimar a lotação. Mas o fluxo de pessoas ao longo do dia precisa ser controlado. Roberta Medina observou uma diferença no comportamento do público do Rock in Rio e do The Town: “O público de São Paulo chega bem cedo! Teve gente que chegou às 10h da manhã, sendo que o portão só abria às 14h. Ficaram quatro horas na fila! A gente aprendeu que a festa em São Paulo precisa começar mais cedo.”

E no auge do evento, perto do show principal, as filas são inevitáveis. A ideia é minimizar o estresse e garantir organização. Brett Little, especialista em movimentação de pessoas, sugere soluções como informar o tempo de espera nas filas – algo comum em parques temáticos. Isso reduz a frustração.

Filas longas em zigue-zague, acredite, podem ser mais eficazes. Parece contraditório, mas a maioria prefere andar devagar do que ficar parada. “Movimento dá a sensação de progresso”, explica Brett.

Outra ideia é oferecer atrações extras após o show principal, como um DJ. No The Town 2023, as ativações, ironicamente, atrapalhavam a passagem. Roberta explicou que, em alguns momentos, abriram vias de emergência para aliviar a pressão.

Para 2025, uma novidade: o The Tower, palco com DJs que começa após o show principal, ajudando a dispersar a multidão. Saídas alternativas também podem ser usadas para reduzir a pressão nos acessos principais.

**Transporte, segurança e sinalização: a comunicação é a alma do negócio**

Informação é crucial, antes e durante o evento. Redes sociais, pontos de informação, sinalização clara… tudo conta! O perfil do público também precisa ser considerado. Em eventos com muitos estrangeiros, por exemplo, imagens podem ser mais eficazes que textos.

Kaitlin destaca a importância de uma equipe preparada e disponível, incluindo voluntários e seguranças. Comunicar bem as opções de transporte para a saída é fundamental. O The Town oferece ônibus executivos, trem expresso, ônibus expresso e o metrô e trem funcionam 24 horas nos dias do evento.

Brett sugere direcionar o público para várias estações, mesmo que algumas sejam mais distantes. O importante é calcular a capacidade de cada estação e distribuir o fluxo.

Uma boa notícia: a estação Cidade Dutra, desativada há mais de 30 anos, será reativada temporariamente para o The Town 2025, a 500 metros do portão G do autódromo. Mas, mesmo assim, é preciso pensar em como evitar aglomerações nas estações. “Nunca deixe as filas pararem, porque aí a tensão aumenta e a segurança fica comprometida”, alerta Kaitlin.

Fonte da Matéria: g1.globo.com