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“The Morning Show”: 4ª temporada chega como um “novelão” e conquista público e crítica

A quarta temporada de “The Morning Show” estreou na quarta-feira (17) e abraçou de vez o estilo “novelesco” que marcou a terceira temporada – uma escolha que, segundo fãs e críticos, só fortaleceu a série. Com Jennifer Aniston (a inesquecível Rachel de “Friends”) e a oscarizada Reese Witherspoon (“Johnny & June”) no elenco principal, a produção já havia chamado atenção em 2019 ao abordar temas sensíveis.

De início, a série mergulhou em discussões sobre a cultura de assédio sexual na indústria televisiva americana. Depois, explorou as complexidades da vida pessoal de suas protagonistas, envolvendo-as em relacionamentos com bilionários inescrupulosos e até mesmo conectando-as aos eventos do ataque ao Capitólio em 2021.

No caminho, “The Morning Show” talvez tenha perdido um pouco da aura “era de ouro da TV”, mas, olha só, o resultado foi incrível! A série saltou de 8 indicações ao Emmy em 2020 para 16 em 2024!

As duas estrelas, que também são produtoras-executivas, garantem que a pegada “novelesca” continua a todo vapor na nova temporada. “Eu amo novelas!”, declarou Aniston ao g1. “E acho que a participação do público e o carinho dele pela série é o que importa mais pra gente. As pessoas estão amando!”, completou. A paixão por novelas, aliás, é quase familiar para ela: seu pai, John Aniston (1933-2022), atuou por 37 anos em “Days of our lives”, um dos maiores sucessos do gênero nos EUA. Witherspoon concorda: “Eu me importo com o que as pessoas acham. A gente faz pra elas, não pra gente. Então, desde que elas gostem… e elas realmente amaram a temporada. Essa é mais do mesmo, bem parecida com a terceira.”

Nos dez episódios da quarta temporada, lançados semanalmente na Apple TV+, a dupla enfrenta uma grande reestruturação na emissora fictícia. Logo de cara, elas se veem no meio de uma crise internacional, lidando com deepfakes (vídeos manipulados com IA), o “cancelamento” de um antigo chefe, os problemas pessoais da nova CEO, um pai ingrato e uma denúncia que pode abalar a credibilidade da empresa.

Uau! É tanta trama que foge à tendência atual de séries no streaming, que costumam simplificar as histórias. Mais “novelão” que isso, impossível! Mark Duplass, indicado ao Emmy em 2024 por sua atuação como um dos produtores do programa, explica a escolha: “Na essência, a série fala sobre jornalismo. Você pode focar só nisso, e talvez seja mais verdadeiro, mas talvez só dez pessoas assistam. ‘The Morning Show’ decidiu usar grandes estrelas e adicionar bastante drama pra conquistar uma audiência global. Quando você tem a Jennifer Aniston falando sobre direitos das mulheres, milhões assistem. E talvez isso gere mais mudanças do que algo sem o apelo de uma novela. É uma troca justa.”

Mas as comparações com novelas não incomodam o elenco nem a showrunner Charlotte Stoudt. Ela lembra que entre os roteiristas está Micah Schraft, que também trabalhou em “Jane the Virgin”, série inspirada em novelas mexicanas. “Você não pode julgar uma cena enquanto escreve. A pergunta é: ‘A cena é verdadeira? É emocionante? Os personagens parecem humanos?’ Eu sou bem simples, só preciso fazer isso e deixo os outros falarem o que acham”, afirma Stoudt.

E pelo jeito, as pessoas estão gostando! Tanto que a Apple anunciou a renovação para uma quinta temporada na terça-feira (16). Então, se depender da Apple e dos fãs, a novela de Aniston e Witherspoon ainda tem muitos capítulos pela frente.

Fonte da Matéria: g1.globo.com