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Teto: De pivete a “Rei das Prévias”, a trajetória de um rapper baiano que conquistou o The Town

Subir ao palco Factory do The Town, no sábado (6), pra Teto não é só mais um show. É a consagração de uma jornada que começou com lives no Instagram na pandemia, canções cruas e um talento bruto que explodiu. Em entrevista exclusiva ao g1, o rapper de 23 anos, que lançou seu primeiro álbum, “Maior que o tempo”, confessou: “Cara, comecei a pensar diferente. Agora, vejo meus fãs como parceiros numa jornada, sabe? Deixei de ser pivete e virei homem”.

A gente conversou com ele no g1 Ouviu, o nosso podcast e videocast de música, na segunda (1º). A entrevista completa tá disponível em vídeo e podcast no g1, YouTube, TikTok e nas plataformas de áudio. Imperdível! Olha só como a trajetória dele é incrível: de vídeos sem produção, só ele e a câmera do celular no Instagram, a receber mensagens de ídolos, como o rapper Quave (sim, aquele mesmo, monstro do trap que brilhou solo e com os Migos!), que até mandou um “salve” pra ele. Teto mostrou a conversa na hora da entrevista, meio sem acreditar ainda.

Teto, que é Clériton Sávio Santos Silva na vida real, virou um dos maiores nomes do trap brasileiro. E, gente, desde que surgiu em Atlanta, o trap, esse subgênero pesado do hip hop, tá bombando por aqui, né? Batidas pesadas, letras que falam de festa, moda, fama, rotina, preconceitos, sexo… tudo! A gente se identifica, né?

Ele contou como surgiu o apelido “Rei das Prévias”: “Foi tudo muito espontâneo, sabe? Nem planejei, nem ninguém me impôs. Tava no meu quarto compondo, como qualquer adolescente, e queria saber se minhas músicas estavam boas. Aí, resolvi fazer uma live pra uns 600 seguidores. E, bum!, aconteceu”.

Teto também falou da sua ligação com o rap, lá no interior da Bahia: “Lá, só 1% da galera escutava rap. Tinha um primo que ouvia Racionais, Eminem… e eu sempre me liguei na batida. Meu pai e todo mundo achava que era coisa de maluco”. Pois é, né? Mas ele seguiu seu caminho!

Ele explicou como a venda de prévias no WhatsApp por R$ 100 impactou no início: “Me prejudicou um pouco financeiramente, mas me deu reconhecimento”. E a carreira decolou! “Saí da pandemia fazendo shows para 5 mil pessoas. Não tava preparado, ficava tremendo, suando… sem fôlego pra falar direito”, lembra.

Teto levou seis anos para lançar seu primeiro álbum. Por que? “Tinha músicas para um disco, mas a estratégia era lançar singles. Quando chegou a hora do álbum, eu queria algo pesado, de verdade. E acho que consegui”.

Ele também falou da amizade e da mentoria de Matuê: “Ele me ensinou a cuidar da minha carreira, não deixar nas mãos de ninguém. Foi o melhor conselho, me ajudou a me descobrir no estúdio”. Os dois são da 30Praum, a maior produtora de trap do Brasil. E as mudanças na carreira foram significativas: “Gastar R$ 500 mil num clipe era impossível. Hoje, fiz o clipe com o Cabelinho, gastamos R$ 1 milhão”. A música, aliás, é a “Bala e Fogo”.

Teto analisou as diferenças do trap em São Paulo, Rio e Bahia, mas destacou: “No fim, a gente faz a mesma coisa: reúne a cultura periférica, com o mesmo propósito. Onde tem fã de trap, a gente se sente em casa”.

Em 2023, ele fez uma pausa, após um “susto com a fama”: “Foi uma escolha. Me mudei pra Fortaleza, depois pra São Paulo. Foi tudo muito intenso. Sempre fui muito afoito. Fiquei quase dois anos sem ver a família, e percebi que isso me afastou de mim mesmo”.

E sobre o sucesso financeiro? Com certa timidez, ele contou: “Entrei numa loja Gucci e gastei R$ 50 mil de uma vez”. Mas hoje, ele prefere agradecer: “Atualmente, gosto de parar tudo e agradecer a Deus. Minha condição financeira me permite viver a vida que eu cantava, que eu sonhava. Isso é gratificante”.

Fonte da Matéria: g1.globo.com