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Tarifaço americano: Alckmin cogita excluir auxílio a trabalhadores da meta fiscal

Olha só, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, soltou a bomba numa entrevista pra Ana Maria Braga, na Globo, nesta quinta (31): os gastos com o socorro aos trabalhadores, por causa do “tarifaço” dos EUA, podem ficar de fora da meta fiscal! Tipo assim, a mesma estratégia usada naquela ajuda aos gaúchos depois das enchentes.

“A gente não quer déficit nenhum, sabe? Queremos o menor impacto possível. E, segundo, dá pra tirar isso do resultado primário, do limite de gastos, da meta fiscal mesmo. Foi assim no caso do Rio Grande do Sul, que teve aquele problema das enchentes, um fato superveniente, né?”, explicou Alckmin.

Se esses gastos não forem excluídos, a conta vai ficar feia: teriam que cortar recursos de outras áreas. Mas, mesmo que consigam tirá-los da meta, a dívida pública vai inchar ainda mais – e já tá alta demais, né? A gente tá falando de um nível preocupante para um país emergente.

Aliás, não é a primeira vez que o governo faz isso. Já rolou fora da meta, fora do teto de gastos, no auxílio ao Rio Grande do Sul e, principalmente, durante a pandemia da Covid-19, entre 2020 e 2022. Em 2020, só pra ter uma ideia, os gastos explodiram! Corrigidos pela inflação até maio desse ano, passaram de R$ 1 trilhão. Incrível, né?

Outro exemplo? Os precatórios! O governo, com aval da Justiça, vem excluindo parte deles das metas fiscais.

Enquanto isso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o plano de ajuda aos setores afetados pelo tarifaço sai nos próximos dias. O foco? Indústria, empregos e agronegócio. “Parte do plano vai ser lançada nos próximos dias, com foco em apoiar e proteger a indústria, os empregos e o agro também, quando for o caso… A gente vai fazer os ajustes necessários para que tudo aconteça o mais rápido possível. Os documentos já estão sendo preparados aqui na Fazenda para enviar à Casa Civil”, explicou Haddad.

Entre as medidas, estão linhas de crédito para quem teve as vendas pra os EUA sobretaxadas. “Vamos analisar caso a caso”, disse o ministro. Ele não confirmou nada novo, mas já tinha comentado sobre um plano de proteção ao emprego, parecido com o da pandemia. Naquela época, o governo pagava parte ou até o salário inteiro de funcionários do setor privado, em troca da garantia de manutenção dos empregos. Essa é uma opção que tá na mesa.

Se o governo usar a pandemia como modelo, pode rolar também adiamento de impostos – Simples Nacional, FGTS, INSS patronal – e suspensão de multas por atraso. Mas nada disso tá confirmado ainda. O presidente Lula precisa decidir o que vai ser feito.

Fonte da Matéria: g1.globo.com