** O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, soltou os cachorros: as tarifas americanas entram em vigor dia 1º de agosto, ponto final! Não tem prorrogação, não tem conversa. A informação bombástica rolou durante uma entrevista à Fox News e foi divulgada no domingo (27) pela Casa Branca no X (antigo Twitter). “Sem prorrogações, sem mais rodeios — dia 1º de agosto, as tarifas estão valendo. A Alfândega vai começar a arrecadar!”, cravou Lutnick.
Apesar desse ultimato, Lutnick deixou uma brechinha. Mesmo com as tarifas em vigor, os países podem tentar negociar com o governo Trump. “As pessoas ainda podem conversar com o presidente Trump. Ele sempre tá disposto a ouvir. Se vão conseguir agradá-lo ou não, aí já é outra história… Mas a porta pra negociação tá aberta”, disse ele, numa demonstração de, digamos, flexibilidade estratégica.
A União Europeia, por exemplo, tá na berlinda. Segundo Lutnick, o bloco precisa abrir seus mercados para as exportações americanas se quiser ver as tarifas de 30% irem embora. Ou seja, a pressão é gigante.
A menos de uma semana da data limite, especialistas já estão quebrando a cabeça para ajudar o Brasil a lidar com essa situação explosiva. Afinal, o Brasil tá no meio do furacão.
Vale lembrar que, em 23 de julho, Trump anunciou tarifas que variam de 15% a 50%, justificando a medida com a piora no relacionamento com alguns países. Ele foi direto: “Em alguns casos, é 50% porque o relacionamento não tá bom. Então, simplesmente dissemos: ‘vão pagar 50’. Fim da história”. E o Brasil, infelizmente, tá nesse bolo.
No dia 9 de julho, Trump mandou uma carta ao presidente Lula, anunciando tarifas de 50% sobre todos os produtos brasileiros importados. Na carta, ele alegou ataques brasileiros às eleições americanas e à liberdade de expressão, citando decisões do Supremo Tribunal Federal. Trump também mencionou Jair Bolsonaro, falando em “caça às bruxas”. E, claro, disse que a relação comercial entre os dois países é injusta.
Só que, na real, os dados do Ministério do Desenvolvimento mostram que o Brasil tem um déficit comercial com os EUA desde 2009 – 16 anos de prejuízo, somando US$ 88,61 bilhões (R$ 484 bilhões na cotação atual). Ironia pura, né?
Desde o anúncio de Trump, o governo brasileiro tá correndo atrás do prejuízo, buscando alternativas e avaliando as possíveis reações. Lula, por sua vez, já criticou Trump abertamente, dizendo que ele “não foi eleito para ser o imperador do mundo”. A situação é tensa, e a gente fica aqui de olho.
**Lista de países afetados pelas tarifas (em porcentagem):**
África do Sul: 30%
Argélia: 30%
Bangladesh: 35%
Bósnia e Herzegovina: 30%
Brasil: 50%
Brunei: 25%
Camboja: 36%
Canadá: 35%
Cazaquistão: 25%
Coreia do Sul: 25%
Filipinas: 20%
Indonésia: 32%
Iraque: 30%
Japão: 25%
Laos: 40%
Líbia: 30%
Malásia: 25%
México: 30%
Mianmar: 40%
Moldávia: 25%
Sérvia: 35%
Sri Lanka: 30%
Tailândia: 36%
Tunísia: 25%
União Europeia: 30%
Fonte da Matéria: g1.globo.com
