** A Colômbia lamenta a morte do senador Miguel Uribe Turbay, aos 39 anos. Um dos políticos mais jovens e influentes do país, ele faleceu em um hospital de Bogotá na segunda-feira (11), após complicações de um atentado sofrido em 7 de junho, durante um comício político na capital. A informação foi confirmada por sua equipe de imprensa à BBC Mundo e outros veículos. Nossa, que tragédia!
Nos últimos dias, o estado de saúde de Uribe piorou drasticamente, culminando em um quadro crítico devido a uma hemorragia cerebral. Ele era pré-candidato à presidência pelo Centro Democrático, partido fundado pelo ex-presidente Álvaro Uribe Vélez, e tinha tudo para disputar as eleições presidenciais de 2026 com força.
O ataque aconteceu em Fontibón, região oeste de Bogotá, por volta das 17h (horário local). Vídeos que circularam nas redes sociais mostram o momento dos disparos e os instantes seguintes, com pessoas tentando socorrer Uribe, visivelmente inconsciente e sangrando perto de um carro. A cena é realmente chocante. Segundo o prefeito de Bogotá, Carlos Fernando Galán, o autor dos tiros, um menor de idade, foi preso.
O atentado ocorreu em um momento de alta tensão política na Colômbia. O presidente Gustavo Petro tentava, por decreto, realizar uma consulta popular, medida rejeitada por diversos setores, incluindo o próprio Uribe. Após o ocorrido, Petro expressou solidariedade à família na rede X (antigo Twitter) e condenou o ato em discurso público. Ele também criticou quem tentou tirar proveito político da situação e pediu a identificação do mandante. Acho que essa postura foi crucial.
Miguel Uribe Turbay, nascido em Bogotá em 1986, carregava um nome e uma história familiar de peso na política colombiana. Neto do ex-presidente Julio Turbay (1978-1982), ele também era filho de Diana Turbay, jornalista sequestrada em 1990 pelo grupo Extraditables, liderado por Pablo Escobar. Diana foi assassinada em 1991, quando Uribe tinha apenas 5 anos. Que história sofrida, né?
Com formação sólida – advogado pela Universidade de Los Andes, com mestrado em Políticas Públicas pela mesma instituição e em Administração Pública pela Escola de Governo de Harvard –, Uribe iniciou sua trajetória política em 2012. Aos 26 anos, foi eleito vereador de Bogotá pelo Partido Liberal Colombiano e, em 2016, tornou-se Secretário de Governo na gestão de Enrique Peñalosa. Dois anos depois, a One Young World o reconheceu entre os dez jovens políticos mais influentes do mundo, segundo o site do Senado colombiano. Olha só que currículo!
Em 2019, disputou a prefeitura de Bogotá pelo movimento “Avancemos”, perdendo para Claudia López, que, aliás, recentemente anunciou sua candidatura à presidência para 2026. Em 2022, convidado por Álvaro Uribe Vélez, liderou a chapa do Centro Democrático para o Senado e obteve um resultado expressivo: foi o senador mais votado do país, com 226.922 votos.
Uribe era um crítico frequente das políticas do presidente Gustavo Petro, o primeiro presidente de esquerda na história moderna da Colômbia. Seu trabalho no Senado se concentrava em economia, emprego, segurança e fortalecimento das forças policiais. Ele também defendia leis que melhorassem o acesso a serviços essenciais, como saúde e educação, principalmente em áreas remotas.
Com o apoio de Álvaro Uribe Vélez, Miguel Uribe Turbay se tornou um dos senadores mais populares e influentes da Colômbia. Sua morte prematura representa uma grande perda para a política colombiana, deixando um vazio significativo no cenário político nacional. Realmente lamentável.
Fonte da Matéria: g1.globo.com
