Sob um sol generoso e tempo seco, as colheitadeiras roncam no interior paulista, devorando os campos dourados de trigo. A paisagem, um espetáculo de tons áureos, anuncia uma safra histórica para 2025. Em Avaré, Luiz Antonio Jovelli Júnior, produtor rural que cultiva 250 hectares, comemora os resultados. Apesar das geadas que, segundo ele, “atrapalharam um pouco a formação do grão”, a produtividade surpreendeu positivamente. “No geral, tá ótimo!”, afirma o agricultor, aliviado.
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) prevê uma colheita de até 350 mil toneladas de trigo em São Paulo em 2025 – a melhor dos últimos três anos! A produtividade média deve alcançar 4 toneladas por hectare. Olha só que notícia boa para o setor! Segundo a Cati (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral) de Avaré, quase toda a produção estadual (95%) se concentra no sudoeste paulista. A maior parte desse trigo abastece o mercado interno, mostrando a importância estratégica dessa cultura para a economia regional.
Mas nem tudo são flores. Apesar do volume promissor, os preços não estão tão animadores. Luiz Antonio explica: “Em 2024, o preço do trigo estava bem melhor. Neste ano, os custos de produção dispararam e os preços não acompanharam. Isso me deixa preocupado com o planejamento da próxima safra”. A realidade é dura, né?
Após a colheita, a palha deixada no campo desempenha um papel vital na preservação do solo. Ela protege contra a erosão, ajuda a manter a umidade e serve como base para a rotação de culturas. Para muitos agricultores, como Luiz Antonio, o trigo é uma cultura de inverno que prepara o terreno para a soja nos meses seguintes. “O trigo garante um bom movimento na fazenda e prepara a terra, mas a gente fica de olho nos custos, que estão cada vez mais altos”, pondera o produtor.
A colheita deve durar até dois meses em algumas propriedades da região. Para técnicos e agricultores, a safra demonstra o potencial do trigo paulista, mas também destaca a urgente necessidade de políticas públicas que garantam preços justos e estabilidade para o setor. Na real, é preciso garantir a rentabilidade do trabalho desses produtores que tanto contribuem para o nosso país. A expectativa é grande para os próximos anos.
Fonte da Matéria: g1.globo.com
