A plataforma de games Roblox tá no olho do furacão! O CEO, David Baszucki, está sendo duramente criticado após a suspensão do youtuber Schlep, conhecido por investigar e denunciar abusos na plataforma, incluindo casos de predação sexual infantil. A decisão, gente, gerou uma onda de protestos nas redes sociais e uma verdadeira campanha contra o Roblox.
Olha só: uma petição online pedindo a Baszucki que “resolva o problema ou renuncie” já tinha mais de 48 mil assinaturas até quinta-feira (14), segundo o jornal britânico The Independent. No domingo (17), o número explodiu, passando de 100 mil, como o próprio Schlep divulgou no X (antigo Twitter).
A coisa ficou ainda pior depois de um processo na Louisiana, EUA. A acusação? A plataforma permite que predadores sexuais “prosperem, se unam, cacem e vitimizem menores”, de acordo com a Associated Press. Isso é inacreditável!
Em meio ao turbilhão, na sexta (15), o Roblox soltou um comunicado dizendo que atualizou as regras. Além da proibição de conteúdo sexual, agora também tá vetado “qualquer conteúdo, configuração ou comportamento que implique atividade sexual”. A empresa prometeu ainda uma nova tecnologia para detectar cenas de abuso. Será que vai funcionar?
**Pressão sobre o CEO e o criador banido**
Schlep, que se intitula um “caçador de predadores”, afirma ter ajudado na prisão de seis suspeitos de aliciamento de menores no Roblox. Segundo ele, e o The Independent confirma, a empresa simplesmente ignorou todas as denúncias. Pra piorar, segundo Schlep, Baszucki o bloqueou no X. Incrível, né?
Com quase 800 mil inscritos no YouTube, Schlep viu todas as suas contas no Roblox banidas. Nas redes, as hashtags #FreeSchlep e #BoycottRoblox viralizaram, com apoio de vários influenciadores.
Em nota ao The Independent, o Roblox justificou o banimento de Schlep e outros “vigilantes”, alegando que suas ações, apesar das boas intenções, criavam um ambiente inseguro. A empresa disse que esses vigilantes “se passavam por menores, abordavam ativamente outros usuários e tentavam levá-los a outras plataformas para conversas sexualmente explícitas”. Um argumento polêmico, sem dúvida.
**A denúncia na Louisiana**
A Associated Press reportou que o xerife de Livingston, na Louisiana, Jason Ard, registrou vários casos ligados ao Roblox. Em um deles, um homem usou tecnologia de alteração de voz para se passar por uma garota na plataforma. Apesar dos relatos, Ard disse que não houve prisões relacionadas ao jogo.
A procuradora-geral da Louisiana, Liz Murrill, entrou com uma ação judicial contra o Roblox, acusando a plataforma de falha na segurança de crianças. “O Roblox está cheio de conteúdo prejudicial e predadores infantis porque prioriza o crescimento, a receita e os lucros em detrimento da segurança infantil”, declarou Murrill, chegando a pedir o fechamento da plataforma.
O Roblox rebateu, afirmando que a acusação de colocar intencionalmente os usuários em risco é “categoricamente falsa”. A empresa afirma ter uma “política de tolerância zero para exploração de menores” e não permite que crianças menores de 13 anos conversem com outros usuários fora dos jogos sem permissão dos pais. As conversas privadas não são criptografadas, permitindo o monitoramento pela empresa.
Em agosto, o Roblox informou à Associated Press que estava lançando um sistema de inteligência artificial para detectar sinais de perigo infantil, como linguagem sexualmente exploradora. A empresa disse ter enviado 1.200 denúncias ao Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas dos EUA no primeiro semestre de 2025. Uma informação que, sinceramente, causa um certo receio sobre a real eficácia das medidas tomadas.
Fonte da Matéria: g1.globo.com
