A procuradora-geral Pam Bondi anunciou na última quinta-feira (7) um aumento significativo na recompensa oferecida pelo governo americano por informações que levem à prisão ou condenação de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela. A quantia saltou de US$ 25 milhões para US$ 50 milhões (aproximadamente R$ 270 milhões, na cotação atual). Olha só que impacto!
Em janeiro de 2025, ainda sob a administração Biden, os EUA já haviam divulgado um cartaz com a foto de Maduro, oferecendo a recompensa menor. Mas dessa vez, a coisa ficou séria! Bondi justificou o aumento, afirmando que Maduro representa uma grave ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos e que ele é, segundo ela, “um dos maiores narcotraficantes do mundo”.
“Os Departamentos de Justiça e de Estado anunciam uma recompensa histórica de US$ 50 milhões por informações que levem à prisão de Nicolás Maduro. Ele usa organizações terroristas estrangeiras para trazer drogas letais e violência para nosso país”, declarou Bondi.
De acordo com o Departamento de Justiça americano, Maduro é acusado de conspiração para o narcoterrorismo, tráfico de drogas, importação de cocaína e uso de armas para apoiar crimes relacionados ao tráfico. Ele também é apontado como líder do Cartel de los Soles, organização recentemente classificada pelos EUA como terrorista internacional. Isso é grave, né?
A pressão sobre Maduro não se limita à recompensa. Os EUA já apreenderam mais de US$ 700 milhões em bens ligados ao presidente venezuelano, incluindo dois jatinhos particulares e nove veículos. Além disso, as autoridades interceptaram cerca de 30 toneladas de cocaína ligadas a Maduro e seus aliados, com quase 7 toneladas diretamente relacionadas a ele. Uma parte dessa droga estaria misturada com fentanil, segundo Bondi. Impressionante a quantidade!
Apesar do valor expressivo da recompensa, a medida é vista por muitos como um gesto político com efeito prático limitado. Maduro continua firme no poder na Venezuela, e a recompensa não se traduz num pedido formal de prisão internacional. Na real, ele mantém relações diplomáticas com países como Rússia, China e Irã, buscando se proteger.
Além de Maduro, o Departamento de Justiça também oferece recompensas por informações sobre Diosdado Cabello Rondón, ministro do Interior, Justiça e Paz, e Vladimir Padrino López, ministro da Defesa da Venezuela.
No poder desde 2013, após a morte de Hugo Chávez, o regime de Maduro é marcado por forte repressão, acusações de corrupção e eleições amplamente contestadas pela oposição e pela comunidade internacional. Os EUA o acusam formalmente de narcoterrorismo desde março de 2020, durante o primeiro mandato de Donald Trump, quando a recompensa inicial era de US$ 15 milhões. Esse valor já havia sido aumentado para US$ 25 milhões em janeiro de 2025, sob o governo Biden, após a polêmica reeleição de Maduro.
A reeleição de Maduro em julho de 2024 é considerada um ato de abuso de poder, com aliados em posições estratégicas ajudando a perseguir opositores. Líderes da oposição, como Maria Corina Machado, sofreram perseguição e prisões. Edmundo González, suposto vencedor de eleições, foi forçado ao exílio. Houve ainda forte repressão a protestos. Com o apoio de aliados na máquina pública e amparado por uma Constituição que permite reeleições indefinidas desde 2009, Maduro busca se manter no poder.
Fonte da Matéria: g1.globo.com