Olha só que notícia! Vladimir Putin, presidente da Rússia, agradeceu pessoalmente Kim Jong-un, líder da Coreia do Norte, pelo envio de tropas e armamentos para o conflito na Ucrânia. A demonstração de gratidão rolou depois de um mega desfile militar em Pequim, na China, quarta-feira (3), comemorando os 80 anos da rendição do Japão na Segunda Guerra Mundial. Putin, Xi Jinping (presidente chinês) e Kim Jong-un estiveram presentes no evento.
Na real, a reunião entre Putin e Kim foi um momento chave. Putin declarou, segundo a agência France-Presse (AFP), que a Rússia e a Coreia do Norte estão juntas na luta contra o “nazismo contemporâneo”. “Gostaria de agradecer, em nome do povo russo, por nossa participação conjunta na luta contra o neonazismo contemporâneo”, disse o presidente russo. Isso é forte, né?
A parceria militar entre os dois países não é de hoje. No ano passado, durante uma visita de Putin à Coreia do Norte – bem rara, por sinal –, eles assinaram um acordo militar incluindo até cláusula de defesa mútua. E os resultados desse acordo já são visíveis.
De acordo com um relatório de um grupo observador do conflito, divulgado em maio, a Coreia do Norte já enviou mais de 9 milhões de munições, milhares de soldados e outros equipamentos militares para a Rússia desde o início da guerra. Esse apoio teve um impacto direto na capacidade de combate russa na Ucrânia.
O Grupo Multilateral de Monitoramento de Sanções (MSMT) afirma que as munições norte-coreanas ajudaram a Rússia a intensificar os bombardeios contra infraestrutura civil ucraniana. Brutal, né?
A situação é ainda mais grave do que se imaginava. Serviços de inteligência da Coreia do Sul revelaram que cerca de 2 mil soldados norte-coreanos morreram na guerra. Em abril, a estimativa era de “pelo menos 600”, mas, segundo o deputado Lee Seong-kweun, após reunião com o Serviço Nacional de Inteligência sul-coreano (NIS), o número mais que dobrou. Ele também afirmou que Pyongyang planeja enviar mais 6.000 soldados e engenheiros, sendo que cerca de mil já chegaram à Rússia. “Estima-se que, do recente plano de terceira leva de 6 mil tropas, cerca de mil engenheiros de combate já tenham chegado à Rússia”, disse Lee. A Ucrânia, inclusive, já capturou dois soldados norte-coreanos em território russo.
Aliás, o desfile militar na China foi algo monumental! O maior da história do país, mostrando a força bélica e a crescente influência geopolítica chinesa. Xi Jinping, em seu discurso para mais de 50 mil pessoas, ressaltou a escolha crucial que o mundo enfrenta: paz ou guerra. “Hoje, a humanidade está diante da escolha entre paz ou guerra, diálogo ou confronto, ganhos mútuos ou soma zero”, afirmou. O evento incluiu demonstrações aéreas, desfile de tropas e apresentação de equipamentos militares de ponta, como mísseis hipersônicos, drones e tanques. Uau!
Fonte da Matéria: g1.globo.com
