O Planet Hemp tá prestes a começar sua turnê de despedida, “A Última Ponta”, e, gente, que história! Pra quem não sabe, a banda, que completa 30 anos de carreira, vai se apresentar em dez capitais brasileiras, de Salvador, no dia 13 de setembro, ao Rio de Janeiro, em 13 de dezembro. Mas antes da festa final, eles resolveram esclarecer de vez aquelas letras “pesadas” que marcaram época.
Em entrevista ao g1 (veja o vídeo!), B Negão explicou: “A gente tava falando sobre liberdade de expressão, sabe? Afinal, a gente viveu 20 anos de ditadura!”. Olha só que contexto! As músicas do Planet Hemp, carregadas de atitude e influência do punk, reggae e da cena underground dos anos 80, ecoaram forte entre os jovens que viviam a abertura política. Eles criaram, na real, uma identidade única para o rap carioca, em 1993. “O Planet foi muito importante pra construir um rap genuinamente carioca”, destacou B Negão.
Mas essa busca por liberdade também trouxe problemas. Em 1997, todos os integrantes foram presos, acusados de apologia às drogas por causa das letras que falavam sobre maconha. Uma situação complicada, né?
Hoje, a banda critica o que considera um “sequestro” da pauta da liberdade de expressão. “Agora, os herdeiros da ditadura militar dizem querer liberdade de expressão pra pedir a volta da ditadura!”, esbravejou B Negão. Marcelo D2 completou: “Sequestraram nossas causas! Essa galera usa a liberdade de expressão pra cometer crimes!”. Isso é inacreditável!
Apesar de todas as polêmicas, o Planet Hemp se despede com a certeza do impacto que causou. “Nada nos foi dado de mão beijada. A gente sempre teve uma garra, uma vontade absurda de fazer as coisas acontecerem com força total!”, afirmou Marcelo D2, com toda a energia que a gente conhece. A turnê vai passar por Recife, Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis, Goiânia, Brasília, Belo Horizonte e São Paulo, antes de chegar ao Rio. Preparem-se para uma despedida épica!
Fonte da Matéria: g1.globo.com
