O PIX, a revolução nos pagamentos instantâneos brasileiros que chamou a atenção de vários países, tá no olho do furacão. O governo americano, a pedido do então presidente Donald Trump, abriu uma investigação, anunciada na terça-feira, 15 de [mês do ano], pelo Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR). A notícia pegou muita gente de surpresa!
O USTR não cita o PIX nominalmente no documento, mas ataca os “serviços de comércio digital e pagamento eletrônico”, incluindo os governamentais. Olha só o que eles dizem: “O Brasil parece se envolver em práticas desleais com relação a serviços de pagamento eletrônico, favorecendo seus próprios serviços desenvolvidos pelo governo”. Aí, eles ainda insinuam que o Brasil estaria prejudicando a competitividade de empresas americanas nesse mercado. Putz!
A gente entrou em contato com o Banco Central e a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) pra entender a situação. A principal questão: o PIX, por ser gratuito, seria uma “prática desleal”? Afinal, os bancos investiram pesado em seus sistemas de pagamento. Até o fechamento desta reportagem, não tivemos resposta.
A polêmica envolvendo o PIX vem numa sequência de eventos. Em dezembro de 2022, o WhatsApp desativou os pagamentos via cartão de débito no app, priorizando o PIX, segundo comunicado da empresa em novembro do mesmo ano. Antes, o WhatsApp Pagamentos só funcionava com contas bancárias e cartões de débito (pré-pagos ou combo) da Visa ou Mastercard de alguns bancos específicos: Banco do Brasil, Banco Inter, Bradesco, Itaú, Mercado Pago, Next, Nubank, Sicredi e Woop Sicredi.
Mas o que realmente chama atenção são os números do PIX em 2024: R$ 26,46 trilhões movimentados! Um crescimento de 54,6% em relação a 2023 (R$ 17,12 trilhões – valor revisado). Foram 63,5 bilhões de transações, contra 41,68 bilhões em 2023. Números impressionantes, né?
Em novembro de 2023, quatro anos após o lançamento do PIX (no auge da pandemia, em novembro de 2020), Renato Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, comentou que o Brasil estava perto de ter toda a população adulta usando o sistema. Ele destacou a importância do PIX para pequenos comerciantes e pessoas em regiões remotas, sem acesso a agências bancárias. “Isso permitiu novos modelos de negócios”, disse Gomes na ocasião.
Enquanto a poeira da controvérsia ainda não baixou, o Banco Central segue firme no desenvolvimento do PIX. Algumas novidades recentes incluem o PIX Agendado Recorrente (outubro de 2023), que permite pagamentos recorrentes automáticos; o PIX por aproximação (fevereiro de [ano]), que facilita pagamentos com o celular; e o PIX Automático (junho de [ano]), para contas recorrentes como água, luz e mensalidades.
E o futuro? O Banco Central trabalha no PIX internacional, já disponível em alguns locais como Argentina, Miami, Orlando e Lisboa, mas ainda de forma parcial. A meta é integrar sistemas de pagamento instantâneos globalmente, mas sem data definida. Outra novidade em desenvolvimento é o “PIX Garantido”, que permitirá o parcelamento de compras, oferecendo uma alternativa ao cartão de crédito para cerca de 60 milhões de brasileiros, segundo o presidente do BC, Gabriel Galípolo. Ufa! Muita coisa acontecendo!
Fonte da Matéria: g1.globo.com