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** PIB Brasileiro desacelera no segundo trimestre, crescendo apenas 0,3%, aponta Banco Central

** O Banco Central (BC) divulgou nesta segunda-feira (18) dados preocupantes sobre a economia brasileira. O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), registrou crescimento magro de apenas 0,3% no segundo trimestre de 2025. A notícia, na real, é um balde de água fria, já que representa uma forte desaceleração em comparação com a expansão robusta de 1,5% observada no primeiro trimestre do mesmo ano.

Esse resultado, calculado pelo BC após ajuste sazonal – uma forma de nivelar o terreno na comparação entre períodos diferentes – mostra uma clara perda de fôlego da economia. Olha só: foram sete trimestres seguidos de crescimento do IBC-Br até aqui, sendo que a última queda havia sido registrada no terceiro trimestre de 2023 (-0,6%).

O setor de serviços, meu Deus, foi o grande responsável pelo crescimento tímido do segundo trimestre. Já a agropecuária, que bombou nos três meses anteriores, apresentou retração no período. A seguir, o desempenho setorial:

* **Agropecuária:** -3,1%
* **Indústria:** +0,1%
* **Serviços:** +0,7%

Vale lembrar que o PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, é o termômetro da nossa economia. O número oficial do segundo trimestre, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sai dia 2 de setembro. PIB crescendo significa economia aquecida; PIB caindo, economia esfriando, com consumo e investimento mais fracos. Mas, atenção: crescimento do PIB não é sinônimo automático de bem-estar social, viu?

A desaceleração, segundo especialistas, era esperada pelo mercado e pelo próprio BC, devido aos juros altos. A taxa Selic, fixada em 15% ao ano para controlar a inflação – o maior nível em quase duas décadas! – deve permanecer nesse patamar por um bom tempo, segundo o BC. Os analistas apostam em cortes somente em 2026.

As projeções para o crescimento do PIB em 2025 são de 2,21%, segundo o mercado financeiro, contra 3,4% em 2024. O BC, por sua vez, estima uma expansão de 2,1% para este ano.

O BC, aliás, já havia avisado que essa desaceleração faz parte da estratégia anti-inflacionária, um “elemento necessário para a convergência da inflação à meta de 3%”, segundo a instituição. A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada em agosto, indicou que o “hiato do produto” permanece positivo – ou seja, a economia ainda opera acima do seu potencial sem pressionar tanto a inflação. O BC também apontou uma “moderação no crescimento da atividade econômica, com dados mistos entre os setores e indicadores”.

No detalhe, em junho de 2025, o IBC-Br caiu 0,1% em relação a maio, uma pequena melhora em comparação com a queda de 0,7% do mês anterior. Foi a segunda queda seguida, após um crescimento de 0,1% em abril. Comparando junho de 2025 com junho de 2024 (sem ajuste sazonal), o indicador subiu 1,4%. No acumulado do primeiro semestre de 2025, o crescimento foi de 3,2%, e em 12 meses, de 3,9% (ambos sem ajuste sazonal).

É importante frisar que o IBC-Br, embora seja uma prévia do PIB, tem metodologia diferente da do IBGE. O cálculo do BC inclui estimativas para agropecuária, indústria e serviços, além de impostos, mas não considera o lado da demanda (incluído no cálculo do PIB do IBGE). O IBC-Br é uma ferramenta crucial para o BC definir a taxa básica de juros, pois um crescimento econômico mais forte pode significar mais pressão inflacionária, dificultando a queda dos juros.

Fonte da Matéria: g1.globo.com