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Osklen apaga postagem com Oruam após repercussão negativa


Marca brasileira removeu a postagem com o rapper de seu perfil e afirmou que a ‘publicação trouxe leituras divergentes em relação ao nosso objetivo’. Osklen apaga postagem com Oruam após repercussão negativa
Reprodução/Instagram
A marca brasileira Osklen removeu de suas redes sociais a publicação que divulgava a capa da revista britânica Dazed, estrelada pelo rapper Oruam. A imagem fazia parte de um editorial em que o artista aparecia usando peças da grife, mas a repercussão negativa nas redes levou à exclusão do post.
Em um comunicado publicado no Instagram, a Osklen afirmou que a “publicação trouxe leituras divergentes em relação ao nosso objetivo” e explicou que a marca queria divulgar a presença na publicação internacional.
Leia o comunicado na íntegra:
“Gostaríamos de esclarecer que a postagem da Osklen, que trouxe imagens da revista Dazed, não se trata de uma campanha oficial da marca. O editorial foi produzido de maneira independente por uma revista britânica de prestígio, que há mais de três décadas atua como radar da moda e da cultura internacional. A publicação no Instagram não teve como objetivo manifestar qualquer posicionamento em relação ao personagem, mas divulgar a presença da marca nessa publicação internacional. Retiramos o post do ar pois entendemos que a publicação trouxe leituras divergentes em relação ao nosso objetivo. Agradecemos as diferentes vozes que se manifestaram e nos fizeram refletir. Com este comunicado, buscamos reiterar os valores da marca relacionados à inovação sustentável, à moda, à criatividade e à cultura, e reforçar nosso genuíno compromisso com nossos clientes e parceiros e com os princípios que norteiam nossa longa trajetória”.
Comunicado da Osklen após repercussão negativa do post com Oruam
Reprodução/Instagram
Quem é Oruam
Oruam é o nome artístico do Mauro Davi dos Santos Nepomuceno. Ou seja, Oruam é Mauro escrito ao contrário. Ele é filho de Marcinho VP, preso por assassinato, formação de quadrilha e tráfico, apontado pelo Ministério Público (MP) como um dos líderes do tráfico de drogas. O rapper tem uma tatuagem em homenagem ao pai e ao traficante Elias Maluco, condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes.
Em 2024, se firmou de vez como um dos rappers mais promissores do gênero atualmente, conquistando cada vez mais destaque. O músico tem mais de 10 milhões mensais de ouvintes no Spotify. O cantor passeia pelo funk, R&B e rap, com músicas sobre ostentação, sexo e as suas origens.
Em fevereiro, o rapper foi preso em flagrante por abrigar em sua residência um foragido da Justiça. Oruam era alvo de buscas em uma investigação que apura disparos de arma de fogo em um condomínio de São Paulo. No entanto, durante a operação, policiais encontraram em sua mansão o traficante Yuri Pereira Gonçalves, procurado por envolvimento com organização criminosa. O artista foi liberado no mesmo dia.
Ainda em fevereiro, o rapper foi preso após dar um “cavalo-de-pau” na frente de um carro da PM, e parar virado para a contramão. Segundo a Polícia Civil, ele foi autuado em flagrante por direção perigosa e foi arbitrada fiança de R$ 60 mil. Oruam, que dirigia com a carteira de habilitação suspensa, pagou a fiança e foi solto.
Nesta semana, a Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que gravadoras que produzem músicas com apologia ao Comando Vermelho (CV) e ao Terceiro Comando Puro (TCP) estão sendo investigadas por suspeita de lavagem de dinheiro e apologia ao tráfico de drogas.
A Mainstreet Records é uma das empresas que estão sob investigação. Entre os artistas vinculados ao selo estão Oruam, Orochi, Cabelinho e Poze do Rodo. Os quatro artistas também são investigados por apologia ao crime, segundo o delegado Moyses Santanna, titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). De acordo com o delegado, a apuração atinge “todos os artistas que fazem shows em áreas controladas por facções criminosas e que promovem apologia ao crime.”
Lei anti-Oruam
A chamada “Lei anti-Oruam” passou a ser associado a projetos de lei que visam proibir o uso de recursos públicos para contratar artistas que façam apologia ao crime, à violência ou ao uso de drogas.
Em fevereiro, no Rio de Janeiro, vereadores Talita Galhardo (PSDB) e Pedro Duarte (Novo) protocolaram o projeto. A mesma iniciativa já ganhou força em outros estados como São Paulo, por exemplo, onde a vereadora Amanda Vettorazzo (União Brasil) foi a primeira parlamentar do país a protocolar um projeto de lei exatamente com o mesmo teor. Em Brasília, o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP), do MBL assim como Amanda e Pedro Duarte, protocolou um projeto similar, só que com reflexos de âmbito nacional.
Vídeo: Oruam é solto após polícia encontrar foragido da Justiça na casa dele
Oruam é solto após polícia encontrar foragido da Justiça na casa dele

Fonte da Máteria: g1.globo.com