Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.
Notícias

Oracle, de Larry Ellison, a um passo do “clube do trilhão”

A Oracle, gigante da tecnologia comandada pelo bilionário Larry Ellison, está mais perto do que nunca de integrar o seleto grupo das empresas avaliadas em mais de US$ 1 trilhão. A ação da companhia disparou, e na quinta-feira (11), por volta das 8h45 (horário de Nova York), já subia quase 2% no pré-mercado, cotada a US$ 334,75 (aproximadamente R$ 1.809). Olha só que alta!

Essa valorização meteórica levou Ellison, aos 81 anos, ao topo da lista dos mais ricos do mundo, segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg – um feito que durou poucas horas, com Elon Musk reassumindo a liderança ainda na noite anterior. Mas, mesmo assim, a conquista foi impressionante! A fortuna do magnata da Oracle pulou impressionantes US$ 101 bilhões (cerca de R$ 546,6 bilhões).

Na quarta-feira, o fechamento das ações da Oracle a US$ 35,95 impulsionou o valor de mercado da empresa a um recorde de US$ 933 bilhões (por volta de R$ 5 trilhões na cotação atual). Isso a deixa a um pulo do tão desejado “clube do trilhão”, apelido dado ao grupo de empresas com valor de mercado superior a US$ 1 trilhão. Afinal, quem não quer fazer parte desse time de peso?

Esse clube exclusivo inclui gigantes como Apple, Microsoft, Alphabet (Google), Amazon e Nvidia. Companhias que, assim como a Oracle, ditam as regras do jogo no mercado global.

O que explica esse crescimento explosivo? Em parte, o excelente desempenho da Oracle no último trimestre. As ações da empresa subiram quase 40% na quarta-feira, o maior ganho desde 1992! Um resultado, na real, impulsionado pela crescente demanda por tecnologias de inteligência artificial (IA).

A empresa anunciou a assinatura de quatro novos contratos bilionários com três grandes clientes, mostrando a força de seus serviços em nuvem. A receita contratada ainda não reconhecida (RPO) atingiu a marca surpreendente de US$ 455 bilhões, um aumento de 359% no período. “Nos próximos meses, esperamos conquistar novos clientes de vários bilhões de dólares, e o RPO deve ultrapassar meio trilhão de dólares”, afirmou a presidente-executiva Safra Catz. Uma previsão otimista, e que mostra a confiança da empresa no futuro.

Aliás, a Oracle fechou um acordo inovador com a OpenAI, criadora do ChatGPT, para fornecer 4,5 gigawatts de capacidade em data centers. Entre seus principais clientes de nuvem estão ainda a Nvidia e o TikTok. Serviços de nuvem são, hoje, essenciais para o desenvolvimento de IA, oferecendo poder de processamento e armazenamento sob demanda.

A Oracle está em uma corrida acirrada com gigantes como Amazon, Microsoft, Google e xAI pela supremacia na computação em nuvem, uma disputa que movimenta centenas de bilhões de dólares em investimentos anuais.

Apesar do lucro ajustado por ação (US$ 1,47) ter ficado ligeiramente abaixo da expectativa dos analistas de Wall Street (US$ 1,48), segundo a CNBC, a receita do trimestre atingiu US$ 14,93 bilhões (cerca de R$ 80 bilhões), um crescimento de 12% em relação ao mesmo período do ano anterior (US$ 13,3 bilhões ou R$ 71 bilhões). O lucro líquido, por sua vez, se manteve estável em US$ 2,93 bilhões.

Com a alta do dia, o valor de mercado da Oracle chegou a US$ 969 bilhões (R$ 5,2 trilhões), aproximando-a ainda mais do tão cobiçado clube das empresas avaliadas em mais de US$ 1 trilhão (R$ 5,4 trilhões). Será que a Oracle vai conseguir entrar para o seleto grupo? Só o tempo dirá.

Fonte da Matéria: g1.globo.com