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O Trap Conquistou o Brasil: De Nicho a Protagonista nos Maiores Festivais

O primeiro dia do Rock in Rio 2024 mandou um recado claro: o trap, essa versão mais “arrastada” do rap que surgiu nos EUA e por muito tempo ficou no “gueto” musical, não só chegou ao Brasil como virou um negócio da China! Orochi, Matuê, MC Cabelinho e o astro americano Travis Scott, a atração principal da noite, mostraram isso numa apresentação épica para um público fervendo, o mais engajado de toda a edição do festival.

Olha só, essa onda o The Town, festival dos mesmos donos do Rock in Rio, mas em Sampa, vai tentar repetir no sábado, dia 6 [de maio de 2025], com um line-up lotado de artistas do gênero, e adivinha quem comanda a festa de novo? O Travis Scott! Na real, esse cara, rapper de Houston (EUA), tá no centro dessa revolução que fez os shows de trap se tornarem os mais disputados.

O trap nasceu nas ruas de Atlanta (EUA), lá pelos anos 2000, ganhando destaque graças a rappers como Gucci Mane e T.I. – foi o T.I. quem popularizou o termo com o álbum “Trap Muzik” (2003). Nos últimos 20 anos, esse estilo, com suas batidas pesadas e graves profundos, virou um pilar do pop americano, lançando estrelas como 21 Savage, Playboi Carti e o próprio Travis Scott.

Parceiro de peso de Kanye West, Kendrick Lamar, Rihanna e The Weeknd, entre outros gigantes, Travis é considerado um dos principais responsáveis pelo sucesso estrondoso do trap. Seus álbuns misturam batidas complexas com outros ritmos, criando um som único. E, além disso, ele mudou completamente a forma como os artistas se apresentam.

“Ele revolucionou o movimento”, crava Teto, rapper baiano que também se apresenta no The Town 2025, no primeiro dia do evento. Em entrevista ao g1 Ouviu, podcast musical do g1, ele explicou como Travis Scott mexeu com o mercado, criando shows que focam na experiência do público.

“Toda a estética que a gente usa hoje nos shows, com autotune, a interação com a galera, as explosões… o Travis começou a fazer isso há um tempão, quando eu ainda nem ouvia trap! Virou uma referência total!”, conta Teto. “Ele domina o palco, deixa a galera louca de um jeito inexplicável, causa um verdadeiro terremoto!”, completa.

Engajamento máximo! Poucos rappers hoje conseguem mexer tanto com o público quanto Travis. Desde sua primeira apresentação no Brasil, no Primavera Sound 2022 em São Paulo, ele mostrou shows que vão muito além da música, com efeitos visuais incríveis e um controle total da plateia. A galera grita, pula, se joga em rodas… uma energia absurda!

Conseguir esse nível de engajamento num festival não é moleza, não! A geração Z (a partir de 1995) domina esses eventos na era pós-pandemia, e esse público não fica parado esperando, precisa de ação, sabe? Em 2025, o Lollapalooza tentou resolver isso apostando em artistas bombando no TikTok, muitos no começo da carreira. Mas o resultado? Público animado em uma música (o hit viral) e disperso no resto do show.

Com quatro álbuns em dez anos, Travis Scott conseguiu unir, nos festivais brasileiros, o apelo da galera jovem e a experiência de palco. E, de quebra, abriu espaço para os artistas nacionais de trap.

O trap chegou por aqui em 2014 como uma subcultura underground do rap, bem longe dos grandes eventos. Dez anos depois, ele se consagrou no Rock in Rio e ganhou um dia inteiro de shows no The Town 2025. Teto comemora: “Foi uma caminhada longa, e ver isso hoje é uma realização imensa!”

Fonte da Matéria: g1.globo.com