A Argentina tá pegando fogo! Novos áudios vazaram nesta quarta-feira (27), e, gente, eles reforçam as denúncias de corrupção na Agência Nacional de Deficiência (ANDIS), um verdadeiro pesadelo para o presidenciável Javier Milei, principalmente tão perto das eleições. Os áudios comprometem figuras próximas a Milei, incluindo a própria irmã dele, Karina Milei. Imagina só!
As gravações, atribuídas a Diego Spagnuolo, ex-diretor da ANDIS, também citam Eduardo “Lule” Menem, subsecretário de Gestão Institucional. A bomba explodiu na semana passada, após buscas da Justiça em investigação de um esquema de propina na compra de remédios. Spagnuolo, demitido um dia antes da operação, acusa Karina e Menem de lucrarem com os desvios. Segundo ele, os pagamentos chegavam a 8% de cada contrato – isso dá entre US$ 500 mil e US$ 800 mil por mês! E Karina? Ficava com cerca de 3%, segundo Spagnuolo. Detalhe: tudo isso tá sendo apurado.
O jornal Clarín divulgou que nos áudios, Spagnuolo descreve um esquema de “repartição” de contratos na área de deficiência, com uma distribuidora farmacêutica envolvida no pagamento de propinas. Ele afirma que Menem controlava tudo e que Karina tinha poder de decisão nos bastidores. Em um trecho, sem citar nomes, ele dispara: “Eles roubaram todo mundo, não só a mim. Eles têm frentes de conflito em todos os lugares”. Nossa!
Ainda mais inacreditável: Spagnuolo ironizou o porta-voz presidencial, Manuel Adorni, que numa coletiva mostrou uma radiografia de cachorro para falar de suposta fraude em pensões do governo Kirchner. “Veja a comunicação, você tem aquele idiota do Adorni, a quem demos todas as informações. Nós dissemos a ele que essa pensão não foi concedida, aquela do raio-X do cachorro”, esbravejou Spagnuolo nos áudios. “E eu tenho que ficar explicando que essa pensão não foi concedida.” Incrível, né?
Olha só que interessante: nos áudios, Spagnuolo até elogia a vice-presidente Victoria Villarruel, que rompeu com Milei, dizendo que ela “não rouba”.
O caso começou a ferver no dia 22 de agosto, com buscas da Justiça em investigação sobre o esquema de propina que envolve altos funcionários do governo e a irmã do presidenciável. Tudo começou com áudios gravados por Spagnuolo, demitido em 21 de agosto. Nos áudios, menções a subornos e Karina Milei e Eduardo “Lule” Menem como beneficiários das propinas na compra de medicamentos. “Estão roubando, você pode fingir que não sabe, mas não joguem esse problema para mim, tenho todos os WhatsApps de Karina”, diz um dos áudios atribuídos a Spagnuolo. Ele afirma que o desvio chegava a 8% dos contratos, cerca de US$ 500 mil a US$ 800 mil por mês, com Karina recebendo 3%. Em outro trecho, ele diz ter conversado com Javier Milei sobre os desvios. “Eles não consertaram nada”, finaliza.
A Justiça ainda não confirmou a veracidade das gravações e não houve prisões ou acusações formais. Mas, durante as buscas, foram apreendidos carros, celulares, uma máquina de contar dinheiro e US$ 266 mil (R$ 1,5 milhão, na cotação atual) em espécie.
Nesta quarta, Milei chamou as acusações contra a irmã de “mentirosas”. “Tudo o que ele diz é mentira, vamos levá-lo à Justiça e provar que mentiu”, disse Milei ao canal argentino C5N, referindo-se a Spagnuolo. A declaração foi feita antes dele ser atacado a pedras e garrafas durante uma carreata em Lomas de Zamora, tendo que ser retirado às pressas do local. Que situação, hein?
Fonte da Matéria: g1.globo.com