Sushila Karki, a nova primeira-ministra do Nepal, já deu o tom: vai atender às reivindicações da população! Neste domingo (14), ela prometeu, segundo a Reuters, resolver as demandas dos manifestantes que clamam por um basta à corrupção no país. Imagina só, 72 mortes! O número de vítimas dos protestos, inicialmente estimado em 51, subiu assustadoramente.
Karki, que antes presidia a Suprema Corte nepalesa, assumiu o cargo interinamente na sexta-feira (12). A escolha dela veio após uma onda de protestos históricos e violentos. A galera, principalmente jovens da Geração Z, ateou fogo em prédios públicos e casas de ministros! Uma verdadeira baderna.
“A gente precisa trabalhar pensando na Geração Z. O que eles querem? Fim da corrupção, boa governança e igualdade econômica”, declarou Karki em seu primeiro pronunciamento público. Antes de começar as reuniões em Singha Durbar — complexo governamental que sofreu diversos ataques durante os protestos — ela fez um minuto de silêncio pelas vítimas. Que tragédia, né?
Segundo o secretário-chefe do governo, Eaknarayan Aryal, a violência deixou um rastro de destruição: 72 mortos e 191 feridos em apenas dois dias de protestos. A Reuters destaca que essa foi a pior onda de violência desde o fim da guerra civil de 10 anos e a abolição da monarquia em 2008. Deu pra sentir a tensão no ar.
Karki avisou que seu governo interino ficará no poder por no máximo seis meses. As eleições estão marcadas para março de 2026. Ela, aos 73 anos, é a única mulher a ter chefiado a Suprema Corte do Nepal. Substituiu K.P. Sharma Oli, que renunciou após a pressão dos protestos.
Os protestos começaram no início da semana, com confrontos entre polícia e manifestantes em Catmandu. A partir de terça-feira, a situação explodiu: a sede do governo, o Parlamento, a Suprema Corte e as casas de vários ministros foram incendiadas. O gatilho? O bloqueio das redes sociais pelo governo, incluindo Facebook, Instagram, YouTube e X. A Geração Z, principal força por trás dos protestos, usou a hashtag “Bloqueiem a corrupção, não as redes sociais”.
O governo justificou o bloqueio alegando que as plataformas não cooperaram na luta contra perfis falsos que espalhavam discurso de ódio, notícias falsas e cometiam crimes. Mas, na real, essa justificativa não convenceu muita gente.
A violência não parou nem com a renúncia de K.P. Sharma Oli na terça-feira (9). Ele disse querer “dar novos passos em direção a uma solução política”, mas o Parlamento foi invadido e incendiado. Casas de autoridades, incluindo a do próprio Oli, foram atacadas. Dois aeroportos, além dos hotéis Hilton e Varnabas, também sofreram danos. O aeroporto de Kathmandu, principal entrada internacional do país, chegou a ser fechado por causa da fumaça. A situação ficou caótica, com civis armados e ambulâncias atacadas.
O Exército assumiu a segurança pública, e as autoridades pediram o fim dos atos de violência. O Ministério da Saúde fez um apelo por doação de sangue. Um toque de recolher foi imposto em áreas estratégicas da capital.
O presidente Ram Chandra Paudel aceitou a renúncia de Oli e iniciou o processo para escolher um novo primeiro-ministro. O Nepal enfrenta sua pior crise em décadas, com instabilidade política e econômica. A frustração da juventude com a falta de empregos é imensa. Milhões de nepaleses trabalham no Oriente Médio, Coreia do Sul e Malásia, mandando dinheiro para suas famílias. A situação é, no mínimo, preocupante.
Fonte da Matéria: g1.globo.com