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Morre aos 70 anos Toninho Crespo, ícone do samba-rock e do rap paulistano

Que tristeza! A gente recebeu a notícia hoje, segunda-feira, 22 de setembro, da morte de Toninho Crespo. Aos 70 anos, se foi um dos grandes nomes da música black paulistana. Imagina só: sete décadas de vida, mais de quarenta de carreira, e 74 músicas autorais gravadas! Um legado gigante!

Antonio Rodrigues Filho, nascido em 9 de junho de 1955, na zona leste de São Paulo, era conhecido artisticamente como Toninho Crespo. Ele deixou sua marca no samba-rock – sabe, aquele som que bombava nos bailes de Sampa – mas também no soul e no rap. Em fevereiro de 2024, ele mesmo escreveu numa rede social: “Falta pouco para chegar aos 70 anos e só posso dizer que valeu a pena ser o primeiro a se colocar como Crespo na música brasileira e também como Crespo na minha vida pessoal de lutar pelos direitos iguais. Eu me mantenho!”. Que força, né?

Crespo formou a banda Julaê em 1992, fazendo shows por toda a década de 90. Mas sua discografia solo é bem eclética! Tem reggae em “Toque de amor” (2004), samba-rock em “Estilo samba rock” (2009), jazz latino em “Bossa loca” (2016), e até um disco em 2019 que mistura samba e soul. Incrível a versatilidade!

Apesar de toda essa trajetória solo, o nome de Toninho Crespo tá fortemente ligado ao hip hop paulistano. Ele tocou com os gigantes do rap: Racionais MC’s, Thaíde & DJ Hum, Rappin’ Hood, 509-E, RZO e Guerreiros de Zumbi. Um peso pesado da cena!

A trajetória dele sempre esteve conectada à sua música. Aos 13 anos, Crespo descobriu o movimento Black Power e, tipo, se identificou completamente. Adotou o penteado afro com orgulho e se engajou no movimento negro de São Paulo. Compositor desde os 14, ele começou em festivais estudantis e programas de calouro, até construir sua própria história, primeiro com a Julaê e depois em carreira solo.

E olha só que coisa: ele deixa um disco de blues inédito! Uma pena que não vamos poder ouvir…

A música de Toninho Crespo calou, mas a sua influência na música brasileira vai ecoar por muito tempo. Descanse em paz, mestre!

Fonte da Matéria: g1.globo.com