Imagens chocantes de dentro e fora do hospital Nasser, em Khan Younis, sul da Faixa de Gaza, registraram o momento exato em que mísseis israelenses atingiram jornalistas e equipes de resgate na segunda-feira (25/08). A tragédia, meu Deus! O ataque, que segundo o Ministério da Saúde palestino (controlado pelo Hamas) matou 20 pessoas, incluindo cinco jornalistas, deixou ainda vários feridos. Isso é inacreditável!
O hospital, único em funcionamento na região, foi alvo de dois ataques com mísseis. Testemunhas contaram à Reuters que houve um intervalo entre eles. O segundo, segundo relatos, aconteceu enquanto equipes de resgate e jornalistas trabalhavam no local do primeiro impacto. Um dos vídeos, gravado por um jornalista presente, mostra o trabalho de socorro e a remoção de corpos quando, de repente, BUM! Uma nova explosão! A imagem então se perde numa nuvem de poeira. Que horror!
Outro vídeo, dessa vez da TV Alghad, mostrava a gravação externa, feita por um cinegrafista, do local do primeiro ataque, de acordo com a Reuters. As imagens são fortes e impactantes, mostrando a brutalidade do ocorrido.
O hospital Nasser, o maior de Khan Younis, era o único hospital em funcionamento no sul de Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde palestino. A Defesa Civil de Gaza declarou que este foi o 26º ataque israelense contra suas equipes de resgate. Impressionante a quantidade de ataques!
O Exército israelense confirmou o bombardeio, lamentando “qualquer ferimento entre pessoas não envolvidas”, sem, no entanto, esclarecer o que isso significa. Eles disseram que não tinham a intenção de atingir jornalistas, mas não revelaram quem era o alvo do ataque. Um porta-voz declarou: “Deixe-me ser claro: as Forças de Defesa de Israel não miram civis”. O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se recusou a comentar.
Até o presidente dos EUA, Donald Trump, se manifestou, dizendo “não estar feliz” com o ocorrido. “Não quero ver isso”, afirmou durante coletiva na Casa Branca. Os EUA, como se sabe, são os maiores aliados de Israel. Trump, mais uma vez, pediu um acordo para a libertação dos reféns israelenses ainda mantidos pelo Hamas.
Entre os jornalistas mortos estavam Ahmed Abu Aziz, Moaz Abu Taha, Mariam Abu Dagga, Mohammed Salama e Hussam al-Masri. Um deles era freelancer da Reuters, outro trabalhava para a Associated Press (AP) e os demais para a Al Jazeera.
Israel, vale lembrar, impede a entrada de repórteres de grandes agências internacionais em Gaza, contrariando diretrizes da ONU que garantem a presença de jornalistas em zonas de guerra. Por isso, muitos veículos contratam jornalistas palestinos para cobrir o conflito de dentro do enclave.
A Reuters lamentou a morte de Hussam al-Masri e informou que o fotógrafo Hatem Khaled, também contratado pela agência, ficou ferido. A transmissão ao vivo de Hussam foi interrompida bruscamente no momento do ataque. Um porta-voz da Reuters declarou: “Estamos devastados com a notícia da morte do contratado da Reuters Hussam al-Masri e dos ferimentos de outro de nossos contratados, Hatem Khaled, em ataques israelenses ao hospital Nasser, em Gaza, hoje. Estamos buscando urgentemente mais informações e pedimos às autoridades em Gaza e em Israel que nos ajudem a conseguir assistência médica imediata para Hatem”.
Em agosto, outros seis jornalistas da Al Jazeera morreram em um ataque israelense. O governo israelense rompeu relações com a emissora, acusando seus jornalistas de ligação com o Hamas – acusação que a Al Jazeera nega.
O ataque ao hospital aconteceu no contexto da intensificação da ofensiva israelense em Gaza, com o início de uma operação terrestre para tomar a Cidade de Gaza e, posteriormente, todo o território. Tanques israelenses foram vistos se posicionando na fronteira com Gaza na segunda-feira.
Segundo o Sindicato dos Jornalistas Palestinos, mais de 240 jornalistas palestinos foram mortos por tiros israelenses em Gaza desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023. Um número assustador!
Fonte da Matéria: g1.globo.com