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Ministra cubana renuncia após negar existência de mendigos em meio à crise

A crise econômica cubana, meu Deus, tá feia! A escassez de comida, remédios e combustível, junto com os apagões constantes, aumentaram a pobreza de forma assustadora. E foi justamente nesse cenário que a ministra do Trabalho de Cuba, Marta Elena Feitó Cabrera, se viu em uma situação complicada. Na terça-feira, dia 15, ela pediu demissão após afirmar que não existem mendigos em Cuba, só gente “disfarçada”. Nossa!

A declaração da ministra, feita na segunda-feira para deputados da Assembleia Nacional, viralizou nas redes sociais, gerando uma onda de críticas. A Presidência cubana, em publicação no X (antigo Twitter), confirmou a renúncia, dizendo que ela “reconheceu seus erros”. Olha só o tamanho da gafe!

“Vimos pessoas, tipo, mendigando, sabe? Mas quando você olha pra mão delas, pra roupa… elas estão disfarçadas, não são mendigos de verdade”, declarou Feitó. Ela chegou a dizer que quem limpava para-brisas usava o dinheiro pra beber e quem catava lixo nos aterros fazia isso pra revender e não pagar impostos. Me parece que ela tá bem desconectada da realidade.

A repercussão foi imediata. Nas redes sociais, a indignação foi geral. Imagens de pessoas comendo em latas de lixo foram postadas aos montes. O economista Pedro Monreal, ironizando a situação no X, escreveu que em Cuba existem “pessoas disfarçadas de ‘ministros'”. Até o presidente Miguel Díaz-Canel criticou a fala da ministra, sem citá-la nominalmente, dizendo que “a falta de sensibilidade em lidar com a vulnerabilidade é altamente questionável. A revolução não pode deixar ninguém para trás. Esse é o nosso lema, nossa responsabilidade militante.”

Em outra sessão parlamentar, Díaz-Canel foi mais direto: “ninguém pode agir com arrogância, fingimento, desconectado da realidade”. Ele reconheceu que os indigentes refletem as desigualdades e os problemas sérios que Cuba enfrenta.

A situação econômica cubana é realmente crítica, a pior em três décadas. A combinação de sanções americanas e má gestão interna, segundo analistas, resultou numa inflação galopante, baixos salários e falta de alimentos, principalmente em Havana. Cenas de pobreza extrema se tornaram comuns. Apesar da assistência social do governo, que no ano passado ajudava 189 mil famílias e 350 mil indivíduos (de uma população de 9,7 milhões) considerados “vulneráveis”, a situação está insustentável. O PIB caiu 1,1% em 2024, após uma queda de 1,9% em 2023, acumulando uma redução de 11% nos últimos cinco anos. O salário médio mensal é inferior a US$ 20 (cerca de R$ 111 no câmbio paralelo). Tudo isso contribui para um êxodo migratório intenso, reduzindo drasticamente a população da ilha. A renúncia da ministra, enfim, reflete a gravidade da crise e a desconexão de alguns com a realidade sofrida pela população cubana.

Fonte da Matéria: g1.globo.com