Ex-funcionários da Meta, a gigante por trás do Facebook, Instagram e WhatsApp, fizeram graves acusações em audiência no Congresso dos EUA, na terça-feira (9). Eles afirmam que a empresa sistematicamente escondeu pesquisas internas que revelavam perigos sérios à segurança de crianças em suas plataformas de realidade virtual. Olha só: a história, publicada primeiro pelo The Washington Post, é explosiva!
Segundo os depoimentos, a Meta, após uma investigação do Congresso em 2021, passou a usar seus advogados para filtrar, editar e até mesmo bloquear completamente estudos sobre segurança infantil. Seis pesquisadores, atuais e antigos, contaram detalhes chocantes dessa prática. Na real, eles descrevem um processo de ocultação deliberada de informações cruciais.
A Meta, claro, negou tudo. A porta-voz Dani Lever chamou as acusações de “narrativa predeterminada e falsa”, baseada em exemplos selecionados, e disse que a empresa desenvolveu várias proteções para jovens. “Defendemos o trabalho da nossa equipe de pesquisa e estamos consternados com essas distorções”, afirmou Lever. Mas será que a gente pode acreditar?
Os ex-funcionários, porém, pintam um quadro bem diferente. Eles afirmam que a equipe jurídica da Meta tentou criar uma “negação plausível” dos impactos negativos dos produtos de realidade virtual em crianças. Isso apesar da Meta ser uma líder no mercado de VR, principalmente com seus dispositivos Quest, mesmo com essa área gerando prejuízos.
Cayce Savage, ex-pesquisadora da Meta, foi direta na audiência no Senado: “A Meta sabe que sua plataforma de VR está cheia de menores. Ela ignora isso deliberadamente, algo óbvio para qualquer um que use seus produtos”. Putz! Fala sério!
Documentos internos, segundo o The Washington Post, mostram que, após o vazamento de informações da ex-gerente de produto Frances Haugen em 2021, a empresa endureceu as regras para pesquisas sobre temas “sensíveis”, como infância, gênero, raça e assédio. Os pesquisadores receberam recomendações para “ter cuidado” com a linguagem, evitando termos como “ilegal” ou “viola” leis. Tipo assim, uma censura velada.
Apesar disso, os documentos revelam alertas repetidos de funcionários sobre menores de 13 anos burlando as restrições de idade para usar os serviços de VR da Meta. Em 2017, um funcionário estimou que, em algumas salas virtuais, 80% a 90% dos usuários eram crianças. “Isso vai dar manchete, e de forma muito negativa”, alertou na época. E deu, né?
Jason Sattizahn, outro pesquisador, declarou no Senado que está “muito claro que a Meta é incapaz de mudar sem ser forçada pelo Congresso”. Acho que ele tem razão. Essa história toda levanta uma série de questões preocupantes sobre a responsabilidade das grandes empresas de tecnologia na proteção de crianças online. E a gente precisa ficar de olho.
Fonte da Matéria: g1.globo.com