Fechado na terça-feira (2), o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) promete um baita impacto na economia brasileira! A expectativa do governo é de um aumento de US$ 7,2 bilhões nas trocas comerciais, representando um crescimento de 10% em relação aos números atuais. Isso mesmo, gente! Um crescimento considerável, impulsionado principalmente pelas exportações agrícolas brasileiras.
Mas calma, que a festa ainda não começou! O acordo, apesar de fechado, ainda não entrou em vigor. Precisa passar por algumas etapas burocráticas, como a revisão legal e, claro, a aprovação nos Congresos dos países envolvidos. A assinatura formal, segundo as previsões, deve acontecer ainda este ano. Cruzemos os dedos!
O Mercosul, pra quem não se lembra, reúne Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, com a Bolívia na reta final da adesão. Já a EFTA? É formada por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein – países que não fazem parte da União Europeia (UE). E falando em UE… Temos outro acordo em negociação com eles, que criaria a maior zona de livre comércio do mundo, mas ainda tá engatinhando na fase de ratificação. A gente volta a falar disso mais pra frente.
Por que esse acordo com a EFTA é tão importante? Bom, os países da EFTA talvez não sejam os maiores parceiros comerciais do Brasil, mas têm um peso estratégico e tanto! A Suíça, por exemplo, é uma gigante na produção de medicamentos. Olha só os números: entre janeiro e maio de 2025, o Brasil importou US$ 354 milhões em remédios da Suíça – 43% do total importado em 2024 (US$ 817 milhões), segundo dados do Ministério do Desenvolvimento. Já a Noruega… É um dos principais doadores do Fundo Amazônia. Ou seja, parcerias estratégicas em diferentes setores.
E o que o acordo prevê? Acesso preferencial para uma série de produtos agropecuários brasileiros nos mercados da EFTA! Estamos falando de carne bovina, suína e de frango, milho, farelo de soja, melaço de cana, mel, arroz, café torrado, frutas (banana, melão, uva), sucos (laranja e maçã), fumo não manufaturado e álcool etílico. As regras incluem cotas específicas e reconhecimento do nosso sistema de inspeção sanitária, o que deve agilizar as coisas.
E a cereja do bolo? A possibilidade de remédios mais baratos para o brasileiro! O acordo prevê que o Brasil elimine tarifas de importação para 97% dos produtos da EFTA, com redução gradual para outros 1,2% ao longo de 15 anos. Em troca, os países europeus zeram 100% das tarifas para produtos industriais e pesqueiros. Carolina Silva Pedrosa, professora de Relações Internacionais da Unifesp, destaca a importância disso, principalmente considerando o peso dos remédios no orçamento das famílias e os recentes aumentos de preços. “A possibilidade é significativa”, afirma ela.
O governo garante que o SUS manterá sua autonomia e não será obrigado a abrir espaço para concorrência internacional. Ufa!
Mas e o acordo com a União Europeia? Ainda tá travado! Fechado em dezembro de 2024, ele ainda não foi assinado por todos os países europeus. A França, em defesa de seus produtores rurais, está resistindo. Em junho, o próprio Lula pediu pessoalmente ao Macron para destravar a situação, mas o impasse continua. Já o acordo com Singapura, assinado em novembro de 2023, abre caminho para mais investimentos, principalmente em infraestrutura e saneamento.
Com a soma dos três acordos (EFTA, UE e Singapura), o governo prevê um superávit comercial que pode ir dos atuais US$ 73,1 bilhões para até US$ 184,5 bilhões! A secretária-adjunta de Comércio Exterior, Daniela Matos, estima que o acordo com a EFTA sozinho pode ampliar em até 2,5 vezes o acesso das exportações brasileiras a esses mercados.
Em resumo: Um acordo promissor, com potencial para impulsionar a economia brasileira e melhorar o acesso a medicamentos. Agora é torcer para que tudo aconteça como planejado!
Fonte da Matéria: g1.globo.com