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Mais Navios de Guerra e Submarino Nuclear dos EUA se Aproximam da Venezuela

A tensão entre os EUA e a Venezuela subiu mais um degrau! Segundo a agência Reuters, o governo Trump mandou mais reforços militares para o Caribe. A gente tá falando de um cruzador de mísseis guiados, o USS Lake Erie, e um submarino nuclear de ataque rápido, o USS Newport News. Eles devem chegar na região no começo da próxima semana, de acordo com fontes do Pentágono que falaram com a Reuters, mas preferiram não se identificar.

Olha só, essa não é a primeira investida militar americana na região. Na semana passada, já tinha rolado um movimento considerável: vários navios de guerra, aviões, pelo menos um submarino e cerca de 4.000 militares americanos foram deslocados para perto da costa venezuelana. Reuters e Associated Press confirmaram. A justificativa? Combater os cartéis de drogas que usam a região como rota para levar drogas para os EUA.

Mas, na real, a coisa vai além do combate ao narcotráfico. A porta-voz do governo, Karoline Leavitt, deixou isso bem claro numa declaração na terça-feira (19): ela chamou Maduro de “fugitivo”, “chefe de cartel narcoterrorista” e disse que ele “não é um presidente legítimo”. Aí, ela arrematou dizendo que os EUA vão usar “toda a força” contra o regime venezuelano. Isso não é pouca coisa!

Essa postura dura se explica pela recompensa de US$ 50 milhões (R$ 275 milhões) oferecida pelos EUA em início de agosto por informações que levem à prisão ou condenação de Maduro. O Departamento de Justiça americano acusa o presidente venezuelano de conspiração com o narcoterrorismo, tráfico de drogas, importação de cocaína e uso de armas em apoio a crimes relacionados ao tráfico. Os EUA também acusam Maduro de liderar o Cartel de los Soles, considerado organização terrorista internacional.

A operação militar americana é, de fato, robusta. Além dos navios recém-deslocados, já estavam na área três destróieres com o sistema de combate Aegis, três navios de desembarque anfíbio, aviões espiões P-8 Poseidon e, como já mencionado, pelo menos um submarino, além de 4.000 marinheiros e fuzileiros navais. Uma força considerável!

Maduro, por sua vez, respondeu à ofensiva americana anunciando a mobilização de 4,5 milhões de milicianos para enfrentar o que ele chamou de “ameaças” dos EUA. Uma resposta que mostra a gravidade da situação.

Esse aumento de tensão entre os EUA e a Venezuela se dá num contexto complexo. O Cartel de los Soles, apontado por Trump como sendo liderado por Maduro e pelo alto escalão do Exército venezuelano, atua como facilitador de rotas de drogas para outros grupos, como o Cartel de Sinaloa (mexicano) e o Tren de Aragua (venezuelano), segundo a imprensa latino-americana. A designação do Cartel de los Soles como organização terrorista pelos EUA vem sendo seguida por alguns países sul-americanos, como Equador (governado por Daniel Noboa), Paraguai (sob o comando de Santiago Peña) e Guiana. As razões para essa adesão variam, indo de oposição ao chavismo a disputas territoriais, como é o caso da Guiana e sua disputa com Caracas pela região de Essequibo.

Por outro lado, a Venezuela enfrenta dificuldades em seu arsenal militar. O IISS (Instituto Internacional para Estudos Estratégicos) aponta “capacidades restritas” e “problemas de prontidão” nas Forças Armadas venezuelanas, devido a sanções internacionais, isolamento regional e a crise econômica de longa data. Essas limitações afetam a capacidade de compra de armamentos e tecnologia militar, forçando o país a focar em reparos e modernizações de equipamentos já existentes. A Força Aérea e a Marinha, em especial, sofrem com problemas de prontidão, segundo o IISS. Apesar de possuir alguns equipamentos relativamente modernos, a real capacidade militar da Venezuela permanece incerta devido a essas restrições. A situação, portanto, é bastante delicada e merece atenção.

Fonte da Matéria: g1.globo.com