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Maduro acusa EUA de planejar golpe e ameaça com luta armada

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, soltou o verbo nesta segunda-feira (1º de setembro de 2025), acusando os Estados Unidos de arquitetar um golpe de Estado no país. Segundo ele, a Casa Branca já prometeu entregar o poder a opositores venezuelanos. Imagina só! Em uma entrevista coletiva – dessas raras, sabe? – com jornalistas nacionais e internacionais em Caracas, Maduro disparou acusações pesadas durante mais de duas horas.

Ele afirmou, sem apresentar provas, que o secretário de Estado americano, Marco Rubio, participou de uma videoconferência no sábado (30 de agosto) com membros da oposição para discutir a tal troca de governo. A reunião, segundo Maduro, rolou um dia depois da visita de Rubio à sede do Comando Sul, responsável pelas operações militares no Caribe, América Central e do Sul.

“O que me contaram, e que inclusive foi gravado, é que Marco Rubio garantiu a eles que fariam a mudança de regime, e que o ‘velhinho’ e a ‘Sayona’ formariam o novo governo”, disse Maduro, referindo-se a Edmundo González, opositor que concorreu à presidência em 2024 e reconhecido como presidente eleito pelos EUA, e a María Corina Machado, líder da oposição, respectivamente.

Impressionante, né? González tá exilado na Espanha e Machado está escondida, ambos alvos de processos judiciais na Venezuela. Desde as eleições do ano passado – que, convenhamos, foram bastante questionadas pela comunidade internacional – o governo venezuelano vem perseguindo membros da oposição.

Maduro ainda lembrou a tentativa de derrubada do governo em 2019, quando Juan Guaidó se autoproclamou presidente. Ele deu a entender que dessa vez os EUA também não vão conseguir. “Estamos unidos, estamos vitoriosos, e na Venezuela vai prevalecer a paz, com desenvolvimento, justiça, igualdade e um plano sólido para seguir em frente”, declarou, confiante. A assessoria de María Corina Machado, quando consultada pelo g1, disse que não iria comentar as declarações de Maduro.

Mas a coisa não para por aí. Maduro foi além e disse que a Venezuela entrará em luta armada caso sofra uma agressão dos EUA. Ele classificou o envio de embarcações americanas à região – pelo menos sete navios, incluindo um esquadrão anfíbio, 4.500 militares e um submarino nuclear, além de aviões espiões P-8 sobrevoando a área em águas internacionais – como “a maior ameaça à América Latina do último século”. “Se a Venezuela for atacada, passaremos imediatamente ao período de luta armada em defesa do nosso território, da nossa história e do nosso povo”, afirmou Maduro, enfático.

Essa operação americana se baseia na alegação de que Maduro lidera o chamado Cartel de los Soles, considerado uma organização terrorista pelos EUA. Os americanos consideram o presidente venezuelano um fugitivo da Justiça e oferecem uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à sua prisão. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, se esquivou de comentar os objetivos militares, mas garantiu que o governo Trump usará “toda a força” contra Maduro. O site Axios revelou que Trump pediu um “menu de opções” sobre a Venezuela, e autoridades americanas não descartam uma invasão. Enquanto isso, Caracas mobiliza militares e milicianos para se defender de um possível ataque. A situação tá tensa, viu?

Fonte da Matéria: g1.globo.com