A morte do publicitário e escritor Roberto Duailibi, aos 89 anos na última sexta-feira (18), deixou um vazio imenso no mundo da comunicação brasileira. A notícia, que se espalhou rapidamente, gerou uma onda de homenagens de amigos, colegas e admiradores que destacaram sua trajetória brilhante e sua contribuição inegável para a publicidade nacional.
Olha só, a repercussão foi enorme! Na GloboNews, o publicitário Luiz Lara exaltou a importância de Duailibi, afirmando: “Ele criou campanhas memoráveis que ajudaram a construir marcas”. Uma frase que resume, na real, a grandeza do trabalho dele.
A jornalista Julia Duailibi, apresentadora da GloboNews e prima de seu avô, também se manifestou, emocionada. “Sempre tive admiração por ele”, contou ela, relembrando uma ligação inesperada no início da carreira, quando Duailibi, sabendo quem ela era, a convidou para conhecer a agência. “Ele sempre foi muito generoso, interessado, bem informado e lúcido”, completou Julia, descrevendo a figura marcante do primo distante. Ela ainda destacou o trabalho impecável dele sobre a genealogia da família: “Um trabalho lindo sobre as origens no Líbano e no Brasil da família Duailibi, chamado Família D”. Que coisa linda!
Já o professor aposentado da USP e membro da Academia Paulista de Letras, José Pastore, em entrevista ao Jornal Hoje, definiu Duailibi com simplicidade e profundidade: “Como pessoa humana, era extraordinário. Deixa um legado muito grande”. Acho que resume perfeitamente o sentimento geral. A amplitude cultural dele e o impacto em projetos importantes são inegáveis.
A trajetória de Duailibi é, de fato, inspiradora. Nascido em uma família libanesa, ele se mudou para São Paulo aos 12 anos. Formou-se na Escola de Propaganda de São Paulo em 1956, mas já trabalhava desde 1952 na Colgate-Palmolive. Sua carreira como redator em gigantes como JWT, McCann Erickson e Standard Propaganda, onde chegou à vice-presidência de criação, é um currículo de peso.
Em 1968, um marco: a fundação da DPZ, ao lado de José Zaragoza, Francesc Petit e Ronald Persichetti. A agência revolucionou a publicidade brasileira com campanhas memoráveis, se tornando uma das mais premiadas do país. No ano seguinte, a consagração: Duailibi foi eleito “Publicitário do Ano” no Prêmio Colunistas. Isso é incrível!
Sua influência transcendeu o mercado. Ele foi professor e diretor de cursos na ESPM e na ECA-USP, presidiu a ABAP por duas gestões e integrou conselhos da Fundação Bienal de São Paulo e do Fundo Social de Solidariedade do Estado. Um currículo tão vasto que parece inacreditável.
Como escritor, publicou obras importantes, como “Criatividade & Marketing”, escrita com Harry Simonsen Jr., onde apresentou o conceito da “régua heurística”, e “Cartas a um Jovem Publicitário” (2005). Também assina a coleção “Ideias Poderosas”, em parceria com Marina Pechlivanis. Desde 2015, ocupava uma cadeira na Academia Paulista de Letras.
Em resumo: Roberto Duailibi foi muito mais que um publicitário; foi um intelectual, um mestre, um visionário que vai inspirar gerações. Sua partida representa uma perda significativa, mas seu legado permanece vivo e pulsante, marcando para sempre a história da comunicação brasileira.
Fonte da Matéria: g1.globo.com