O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou, nesta segunda-feira (30), confiança na atuação do presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, classificando-o como “muito sério”. Lula acredita que os efeitos da atual política de juros serão revertidos gradualmente. Suas declarações foram feitas durante o lançamento do Plano Safra 2025, no Palácio do Planalto.
A fala do presidente se refere à taxa Selic, que atingiu 15% ao ano em 18 de junho, após decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), o maior patamar em duas décadas. Lula declarou seu desejo por uma taxa de juros zero, mas reconheceu a independência do Banco Central e a limitação da influência direta do governo nesse aspecto. “Eu gostaria que todos os juros fossem zero, mas ainda não depende da nossa política econômica que não tem muito a ver com a taxação de juros”, afirmou. “O Banco Central é independente, o [Gabriel] Galípolo é um presidente muito sério, e eu tenho certeza de que as coisas vão ser corrigidas com o passar do tempo. Nós sabemos o que nós herdamos e nós não queremos ficar chorando o que nós herdamos”, completou.
O Copom elevou a Selic sete vezes consecutivamente, porém, projeções de analistas financeiros apontam para um possível início de redução da taxa a partir de janeiro de 2024, marcando o começo de um ciclo de cortes. A Selic, taxa básica de juros da economia brasileira, serve como referência para o cálculo de taxas de empréstimos e financiamentos, influenciando diretamente o custo do crédito. Taxas de juros elevadas, embora eficazes no controle da inflação, podem frear o crescimento econômico.
Nos últimos dois anos, durante a gestão de Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que apoiou sua campanha de reeleição em 2022, Lula criticou veementemente a política monetária do BC, considerando-a prejudicial aos interesses nacionais.
O Plano Safra, lançado na mesma ocasião, prevê R$ 78,2 bilhões em financiamentos para a agricultura familiar no período 2025-2026. O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) oferecerá taxas de juros entre 0,5% e 8% ao ano. O plano, como um todo, abrange R$ 89 bilhões em investimentos, incluindo crédito rural, compras públicas, seguro agrícola, assistência técnica, garantia de preço mínimo e outras medidas.
Fonte da Matéria: g1.globo.com
Lula manifestou confiança em Galípolo, classificando-o como "muito sério" e acreditando que os efeitos da atual política de juros serão revertidos gradualmente.
Lula declarou seu desejo por uma taxa de juros zero, enquanto a taxa Selic está atualmente em 15% ao ano, o maior patamar em duas décadas. Embora reconheça a independência do Banco Central.
A Selic serve como referência para o cálculo de taxas de empréstimos e financiamentos, influenciando diretamente o custo do crédito. Taxas elevadas controlam a inflação, mas podem frear o crescimento econômico.
Projeções de analistas apontam para um possível início de redução da taxa a partir de janeiro de 2024, marcando o começo de um ciclo de cortes.
O Plano Safra prevê R$ 78,2 bilhões em financiamentos para a agricultura familiar, com taxas de juros entre 0,5% e 8% ao ano pelo Pronaf, e R$ 89 bilhões em investimentos totais, incluindo crédito rural, compras públicas e outras medidas.