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Luísa Sonza no Coachella 2026: Quarta linha do cartaz, e daí?

A posição de um artista no line-up de um megafestival como o Coachella não é detalhe, viu? Não se trata apenas de um assunto para designers discutirem tipografia e cores em grupos de WhatsApp. Para os amantes da música pop, isso é coisa séria! Artistas se ligam muito nisso, empresários brigam por lugares de destaque nos cartazes, e até festivais brasileiros têm suas próprias estratégias. Por isso, vale o parabéns: Luísa Sonza vai estar na quarta linha do cartaz do Coachella 2026! É a primeira vez que ela vai apresentar sucessos como “Chico”, “Sagrado Profano” e “Penhasco” nesse megaevento californiano, que já recebeu Ludmilla e Anitta em posições privilegiadas.

Mas como essa ordem toda é definida, afinal? Bom, o topo do cartaz é reservado aos headliners, os artistas principais, aqueles que garantem a maior parte da galera. As posições intermediárias ficam para artistas de médio porte, que já passaram do auge ou ainda não chegaram lá. Já as linhas mais baixas costumam ser ocupadas por artistas locais, emergentes ou com menor popularidade.

Paul Tollett, o chefão do Coachella, já disse à revista New Yorker que escolher a ordem dos nomes no cartaz é como investir em ações: você contrata um artista meses antes, e quando chega a hora do festival, a situação pode ter mudado completamente. Ele usou Amy Winehouse em 2007 como exemplo. Ela foi anunciada em uma posição discreta, mas chegou ao Coachella como, talvez, a maior cantora do momento.

Estar lá em cima, no topo do cartaz, influencia e muito nos cachês e nas carreiras. Dizem que o empresário do DJ Martin Garrix teve uma baita discussão na sede da Goldenvoice, produtora do Coachella, para garantir que seu cliente ficasse em melhor posição que o DJ Snake, seu rival direto nas paradas de streaming. No fim, a “gritaria” deu certo: os dois acabaram na mesma linha. Imagina se o Garrix tivesse ficado abaixo do Snake, como estava na primeira versão do cartaz? A galera da música eletrônica poderia ter entendido que o cara do hit “Animals” era menos importante que o do “Turn Down for What”!

E aqui no Brasil, como funciona? Os festivais brasileiros sabem que a posição no cartaz mexe com o ego dos artistas e deixa os fãs, às vezes, bem animados… ou bem bravos! No Lollapalooza, o esquema é parecido com o internacional: os artistas são posicionados de acordo com sua popularidade. Quem tem mais chance de atrair público fica mais em cima.

Já no Rock in Rio e no The Town, a história é diferente. Geralmente, os cartazes evitam essa hierarquia explícita. A Rock World, empresa dos Medinas, prefere não colocar os artistas em ordem de importância. A ideia é evitar ciúmes e reclamações. E, na prática, a estratégia funciona, mantendo o foco na programação diária: ao contrário de outros eventos, esses dois festivais separam as atrações por estilo musical. É raro ver um cartaz do Rock in Rio com todas as atrações misturadas, como acontece no Lollapalooza e no Coachella.

Então, a quarta linha para Luísa Sonza importa? Sim! Para a carreira internacional dela, essa posição é simbólica e estratégica. É uma vitrine incrível para o pop brasileiro em um dos eventos mais disputados do mundo.

Outros artistas brasileiros e suas posições no Coachella:

* Seu Jorge, 2006: sexta linha
* Cansei de Ser Sexy, 2007 e 2011: sexta linha
* Bonde do Rolê, 2007 e 2011: sexta linha
* Gui Boratto, 2009: sexta linha
* Céu, 2010: sexta linha
* Emicida, 2011: sexta linha
* DJ Marky, 2011: sétima linha
* The Twelves, 2011: oitava linha
* Anitta, 2022: segunda linha; 2025: segunda linha (cancelou)
* Pabllo Vittar, 2022: quarta linha
* DJ Anna, 2022: sexta linha
* Ludmilla, 2024: segunda linha
* Alok, 2025: quarta linha
* Vintage Culture, 2025: quarta linha
* Luísa Sonza, 2026: quarta linha
* Mochakk, 2026: terceira linha

O cartaz do Coachella é muito mais que design, gente. É um retrato do mercado musical em constante movimento. E agora, também mostra que Luísa Sonza merece estar entre os grandes nomes, assim como Anitta, Pabllo e Ludmilla em anos anteriores. Não é questão de rivalidade, mas sim de celebrar a conquista de uma artista, que é um pouco a conquista de todas, e de quem ama a música pop brasileira!

Fonte da Matéria: g1.globo.com