Imagens fortes da mídia estatal norte-coreana mostraram, na segunda-feira (30), o líder Kim Jong-un numa cerimônia comovente. Ele estava cobrindo caixões com a bandeira nacional, num ato que parece ser a repatriação de soldados mortos lutando ao lado da Rússia na guerra contra a Ucrânia. A cena, de cortar o coração, aconteceu durante uma celebração do tratado militar entre Coreia do Norte e Rússia – um acordo histórico, diga-se de passagem.
Olha só: as fotos, exibidas como parte de uma apresentação de gala com artistas norte-coreanos e russos em Pyongyang, mostravam Kim ao lado de vários caixões. Ele os cobria com as bandeiras, parando para apoiar as mãos sobre eles, num gesto de respeito e dor evidente. A cena era, no mínimo, impactante.
Em seguida, as imagens mostraram soldados norte-coreanos e russos agitando suas bandeiras, num mar de cores e patriotismo exacerbado, com mensagens patrióticas em coreano. Kim, visivelmente emocionado, acompanhou tudo. A gente via até membros da plateia enxugando as lágrimas – a emoção era contagiante. Me parece que a homenagem foi profundamente sentida por todos os presentes.
A apresentação foi transmitida pela KRT, a televisão estatal norte-coreana. A ministra da Cultura da Rússia, Olga Lyubimova, estava presente, liderando uma delegação para celebrar o primeiro aniversário do tratado de parceria estratégica entre os dois países. Isso mostra a força da aliança, né?
A agência de notícias KCNA descreveu a apresentação como um sucesso retumbante, afirmando que ela inspirou confiança nos “laços de amizade e na genuína obrigação internacionalista entre os povos e os Exércitos dos dois países, forjados à custa de sangue”. Uau, que declaração forte!
Vale lembrar que Kim Jong-un e o presidente russo, Vladimir Putin, assinaram esse tratado de parceria estratégica em junho do ano passado, em Pyongyang. Ele inclui um pacto de defesa mútua, o que explica a presença dos soldados norte-coreanos na Ucrânia.
Após meses de silêncio, ambos os países confirmaram o envio de tropas norte-coreanas para a guerra e elogiaram o “heroico” desempenho delas na ofensiva de Moscou para recuperar a região de Kursk, no oeste da Rússia. Na real, a participação norte-coreana na guerra é um assunto bastante complexo e polêmico.
Fonte da Matéria: g1.globo.com
