O K-pop explodiu globalmente e, se depender das gigantes coreanas, o mundo inteiro vai virar K-pop! A prova disso? O KATSEYE, um girl group que se autodenomina “global” e reúne integrantes dos EUA, Coreia do Sul, Suíça e Filipinas – mas com a inconfundível pegada, investimento e origem da indústria pop coreana. Olha só que fórmula de sucesso: músicas e clipes no estilo K-pop impecável, formação em reality show (igualzinho One Direction e Little Mix!), integrantes de diversas origens, e, pasmem, um hit viral no TikTok! Vamos conhecer melhor essa turma?
Formado entre 2023 e 2024 pelo reality “Dream Academy”, uma parceria entre a Hybe (a poderosa empresa por trás do BTS) e a Geffen Records (a gravadora da Olivia Rodrigo, nada menos!), o KATSEYE surgiu de um processo insano. Mais de 120 mil garotas, entre 15 e 21 anos, se inscreveram! O programa mostrou tudo: o treinamento extenuante, com aulas de canto, dança e performance – um verdadeiro “bootcamp” do K-pop. As apresentações rolavam no YouTube e TikTok, e a galera em casa decidia quem seguia na disputa, por votação.
Além do reality, um documentário, “Pop Star Academy: KATSEYE”, exibido na Netflix, mostrou o lado mais emocional da jornada dessas meninas. A gente acompanhou a formação do grupo, as amizades surgindo, as dúvidas e conquistas. Assim, o público já tinha uma intimidade com elas antes mesmo da estreia oficial.
Em novembro de 2023, as escolhidas foram reveladas: Manon, Sophia, Daniela, Lara, Megan e Yoonchae. E que grupo, hein? O KATSEYE marca a primeira vez que uma artista indiana (Lara), filipina (Sophia), latina (Daniela) e negra (Manon) assinam contrato com a Hybe. “É a primeira vez que um grupo feminino americano vai fazer música pop americana, mas treinado para fazer a coreografia maluca do K-pop”, disse Daniela à revista “i-D”, e que definição!
Elas também foram conquistando os fãs aos poucos, compartilhando mais de suas vidas pessoais. Recentemente, Lara se assumiu queer e Megan bissexual, mostrando a autenticidade do grupo.
Apesar do hype inicial, 2024 foi um ano de consolidação. O grande estouro só veio em 2025.
Aí que entra “Gnarly”, lançada em abril. A música é, digamos, inusitada. Um som frenético e metálico, estilo hyperpop, com vocais distorcidos e letras quase surrealistas. Uma palavra difícil de traduzir, “gnarly” significa algo como “sinistro”, no bom e mau sentido – e essa ambiguidade, talvez, seja a chave do sucesso. Para um grupo financiado por uma gigante do K-pop, quase um ano de espera até o hit foi uma eternidade! Mas o resultado? Mais de 63 milhões de visualizações e uma dança viral no TikTok.
O sucesso de “Gnarly” abriu as portas para “Gabriela”, um pop/R&B com influências latinas, mostrando mais uma vez a diversidade do grupo. Fãs especulam que a música já teria sido gravada e descartada pela Anitta anos atrás. Com Charli XCX entre as compositoras, a faixa figurou entre as 50 mais ouvidas do Spotify Global.
Resultado? Sucesso estrondoso, show no Lollapalooza Chicago com público estimado em 85 mil pessoas (recorde para um show diurno, segundo a “Rolling Stone” indiana), e uma turnê na América do Norte com ingressos esgotados em novembro.
Se continuar nesse ritmo, o KATSEYE tem tudo para bater recordes e alcançar números absurdos. É a prova de que a união das duas maiores indústrias do pop – Coreia do Sul e EUA – criou uma fórmula imbatível.
Fonte da Matéria: g1.globo.com