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Justiça americana nega liberdade condicional a Erik Menendez após 35 anos preso

A justiça americana deu um banho de água fria nos planos de Erik Menendez. Na quinta-feira (21), o pedido de liberdade condicional do condenado pelo assassinato dos pais foi negado. Isso, depois de 35 longos anos atrás das grades! O caso, que ganhou repercussão internacional, teve mais um capítulo nesta semana. A decisão veio após uma avaliação do Departamento de Serviços de Correções e Reabilitação da Califórnia.

Imagina só: uma comissão, formada por dois ou três membros, ouviu Erik por videoconferência. Ele, que tá preso em San Diego, esperava por uma chance de recomeçar a vida. Mas não rolou dessa vez.

A audiência só foi possível graças a uma decisão judicial de maio. Um juiz da Califórnia reduziu as penas de Erik e de seu irmão, Lyle, de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional para, no mínimo, 50 anos. Isso abriu uma pequena fresta de esperança, sabe? Uma chance, porém pequena, de ambos um dia voltarem a respirar o ar livre.

Mas, para conseguir a tão sonhada liberdade, o tribunal exigia demonstração de arrependimento e a prova de que eles não representam mais uma ameaça à sociedade. Erik, aparentemente, não convenceu. O irmão dele, Lyle, terá sua audiência hoje, sexta-feira (22). Será que ele terá mais sorte? Dúvida cruel.

O promotor público do Condado de Los Angeles, Nathan Hochman, foi categórico em sua oposição à liberdade condicional de ambos. Na real, ele disparou: “Os irmãos nunca aceitaram totalmente a responsabilidade pelos horríveis assassinatos de seus pais”. E ainda tacou: “Eles continuam a promover uma narrativa falsa de legítima defesa, que foi rejeitada pelo júri décadas atrás”. Força na argumentação dele, né?

A redução de pena em maio, aliás, foi um divisor de águas. O juiz, na época, deixou claro que não era sua função decidir se os irmãos “devem ser soltos”, mas que, em sua opinião, “eles já fizeram o suficiente nesses 35 anos para merecer essa chance”. Uma declaração que gerou muita polêmica.

Erik e Lyle Menendez foram condenados em 1996 pela morte do pai, José Menendez, e da mãe, Kitty Menendez. O crime chocante aconteceu em 1989, na casa da família em Beverly Hills. Na época, Lyle tinha 21 anos e Erik, 18. Um crime que marcou a história.

A defesa sempre alegou legítima defesa, argumentando anos de abusos sexuais por parte do pai. Já a acusação apontava para um crime motivado pela ganância, visando a herança milionária da família. Um verdadeiro quebra-cabeça jurídico.

Durante boa parte da audiência, os irmãos, que participaram por videoconferência, mantiveram a pose, sem demonstrar muita emoção. A exceção foi um momento em que riram ao saber, por meio de uma prima, Diane Hernandez, que Erik tinha tirado nota máxima em todas as matérias no último semestre da faculdade. Um detalhe curioso em meio a tamanha gravidade.

O caso Menendez, que já rendeu documentários, continua a fascinar e dividir opiniões. Nos últimos meses, inclusive, apoiadores dos irmãos viajaram de várias partes dos EUA para participar de manifestações e audiências. A repercussão é enorme, mesmo após tantos anos. Será que a história vai ter um novo capítulo?

Fonte da Matéria: g1.globo.com