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“Jurassic World: Recomeço” – Scarlett Johansson não salva roteiro fraco e sem inspiração

Olha só, gente! Assisti a “Jurassic World: Recomeço”, sétimo filme da saga que começou lá em 1993 com o clássico de Spielberg, e, na real, não é o pior dos últimos três. Mas, vamos combinar, tá longe de ser bom. Estreia nesta quinta-feira, dia 3, e, apesar de ter a maravilhosa Scarlett Johansson (“Viúva Negra”) no elenco, o filme decepciona.

A história? Uma reciclagem sem graça. A trama se passa num mundo dividido entre humanos e dinossauros, uma continuação direta da trilogia anterior. Scarlett, que interpreta uma mercenária de bom coração, é contratada pra liderar uma expedição a uma ilha – a mesma do primeiro filme – pra extrair DNA de dinossauros pra uma empresa farmacêutica, dessas bem nefastas. No meio do caminho, ela acaba tendo que ajudar um pai (Manuel Garcia-Rulfo) e suas duas filhas (Luna Blaise e Audrina Miranda), que, inexplicavelmente, acharam uma ótima ideia navegar num mar cheio de criaturas pré-históricas. Me parece que alguém esqueceu o senso de perigo na hora de escrever o roteiro.

O carisma de Scarlett e a química dela com o incrível Mahershala Ali (Oscar por “Moonlight” e “Green Book”) ajudam um pouco, mas não salvam o filme. Os diálogos? Parecem escritos por uma IA, tipo, sem alma nenhuma. E as situações? Clichês demais, gente! Cheguei a rir de algumas cenas, principalmente daquelas em que os personagens encontram lanternas e sinalizadores convenientemente posicionados em laboratórios abandonados há décadas. Sério, foi constrangedor.

A impressão que fica é que o filme foi feito às pressas, sabe? Pra preencher uma vaga na programação de verão do estúdio. O vilão, um dinossauro mutante criado em laboratório, parece inacabado. Mais um monstrinho genérico do que uma criatura realmente ameaçadora – caberia melhor em “Alien – A Ressurreição” (1997). E, pra completar o desastre, o uso da trilha sonora clássica de John Williams é péssimo, um crime imperdoável!

No fim das contas, “Jurassic World: Recomeço” é melhor que os três filmes anteriores da saga “World”. Mas isso não quer dizer muita coisa, né? Eu acho que deveriam deixar os dinossauros – e o primeiro “Jurassic Park” – em paz. De verdade.

Fonte da Matéria: g1.globo.com