Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.
Notícias

Jorge Aragão e a Herança: Um Forró Sem Brilho

Lançado na terça-feira, 24 de junho, o álbum “Herança”, de Jorge Aragão, surpreende, mesmo para quem conhece as incursões do sambista na música nordestina. Já em seu segundo álbum solo, “Verão” (1983), Aragão havia experimentado o gênero, interpretando canções como “Facilita” (Luiz Ramalho, 1973) e “Eu me conheço” (Nelson Rufino, 1983).

Após 19 anos desde seu último álbum de estúdio, “E aí?” (2006), “Herança” apresenta o artista carioca de ascendência amazonense em um trabalho voltado para xotes e baiões, gêneros que compõem o universo do forró. Com apenas sete faixas e duração aproximada de 20 minutos, o disco se situa na tênue linha entre álbum e EP. No entanto, o que mais chama a atenção é a falta de energia e o resultado apático, abaixo do esperado para um artista com a trajetória de Aragão.

O álbum inclui duas composições inéditas do próprio Aragão: os xotes “Nos jardins da sedução” (um tema dengoso, com o lirismo característico do “Poeta do Samba”) e “Rede velha” (composta em 2001 e que busca explorar a sensualidade). As demais faixas são regravações de clássicos do forró, interpretadas com um tom melancólico que, em alguns casos, prejudica a essência das canções.

Embora consiga transmitir a melancolia do baião “Qui nem jiló” (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, 1949), Aragão não consegue imprimir a mesma força e vivacidade em outras faixas. Sua interpretação de “Numa sala de reboco” (Luiz Gonzaga e Zé Marcolino, 1965), por exemplo, fica aquém da energia que a música exige, contrastando com a interpretação vibrante de artistas como Alceu Valença e Elba Ramalho.

A regravação de “Flor de tangerina” (Alceu Valença, 2002) também perde o sabor do xote original, e em “Chupando gelo” (Edésio Deda, 1963), Aragão não consegue recriar a irreverência e a malícia do coco forrozeiro que consagrou o Trio Nordestino na década de 1960.

O cantor demonstra mais afinidade com o lamento sertanejo, como demonstra em sua interpretação de “Súplica cearense” (Gordurinha e Nelinho, 1960). No geral, apesar de ser um dos grandes nomes do samba, Jorge Aragão entrega em “Herança” um trabalho que, apesar da surpresa, decepciona ao não capturar a energia e a vitalidade do forró.

Fonte da Matéria: g1.globo.com

Qual a data de lançamento do álbum "Herança" de Jorge Aragão?

O álbum foi lançado na terça-feira, 24 de junho.

Quantas faixas compõem o álbum "Herança" e qual a sua duração aproximada?

O álbum contém sete faixas e tem uma duração aproximada de 20 minutos.

O álbum "Herança" inclui músicas inéditas? Quais?

Sim, inclui duas composições inéditas de Jorge Aragão: os xotes "Nos jardins da sedução" e "Rede velha".

Quais são alguns dos clássicos do forró regravados no álbum "Herança"?

O álbum inclui regravações de clássicos como "Qui nem jiló", "Numa sala de reboco", "Flor de tangerina" e "Chupando gelo".

De acordo com a crítica, qual a principal deficiência do álbum "Herança"?

A principal crítica ao álbum é a falta de energia e o resultado apático, abaixo do esperado para um artista com a trajetória de Aragão, não conseguindo capturar a energia e vitalidade do forró.